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23 DE MAIO DE 2015 91

Relativamente ao orçamentado retificativo, de maio de 2013, a economia acabou por apresentar um

desempenho menos negativo, já que naquele o Governo antevia uma recessão económica na ordem dos 2,3%.

No mercado de trabalho, nomeadamente no que concerne ao crescimento do emprego e à taxa de

desemprego registaram-se evoluções bastante mais desfavoráveis que as inicialmente previstas, no DEO (de

agosto de 2011) e no OE/2013 inicial, mas menos desfavoráveis face às previsões constantes no OE/2013

retificativo.

Com efeito, o emprego registou uma queda no conjunto do ano, de 2,6%, quando se previa inicialmente (no

DEO de agosto 2011) um crescimento de 0,3%, e depois (no OE/2003 inicial) uma quebra de 1,7%. Face ao

OE/2013 retificativo, o emprego acabou por apresentar uma queda menos acentuada (OE/2013 retificativo=-

3,9%).

Quanto à taxa de desemprego, acabou por situar-se ao nível do projetado inicialmente no OE/2013, não

obstante se ter perspetivado uma taxa de desemprego de 18,2%, no OE2013/retificativo.

O défice orçamental das Administrações Públicas acabou por se situar em 4,9% do PIB, abaixo do implícito

no 1.º e no 2.º Orçamentos retificativos, mas ficou acima do previsto no orçamento inicial.

A dívida pública ficou acima de qualquer projeção do Governo, ao atingir 128% do PIB.

2. Evolução do Mercado do Emprego e dos Salários

O ambiente recessivo da economia portuguesa no ano de 2013 marcou um aumento da taxa de desemprego

para 16,2% (+0.7 p.p.), o equivalente a 855,2 mil pessoas desempregadas, e a uma redução de 117,5 mil

empregos, uma contração do emprego em 2,6% (+1.5 p.p. face a 2012), juntamente com uma quebra da

população ativa em 1,8% (-1.0 p.p. face ao período homólogo).

O Desemprego apresentou alguma melhoria após o 1.º trimestre, mas que não foi acompanhado pelo

desemprego de longa duração que continua a apresentar uma tendência de crescimento, exceto no 4.º trimestre

de 2013.

O Desemprego jovem continua com valores acima dos 36%, mas apresentou uma melhoria no decorrer do

ano de 2013, atingindo no último trimestre de 2013 o valor mais baixo dos últimos dois anos.

O Relatório do CES refere que a diminuição do Desemprego em conjunto com a diminuição do emprego

pode ser explicada pela “diminuição da população ativa, por um lado devido à forte emigração, sobretudo da

população jovem, e por outro lado ao aumento do número de desempregados desencorajados e de

desempregados abrangidos por programas do IEFP, o que se reflete em termos da situação social e na evolução

do rendimento da população.”