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ECONOMIA PORTUGUESA: EVOLUÇÃO

I. ECONOMIA PORTUGUESA: EVOLUÇÃO

I.1. Mercados Financeiros e Enquadramento Internacional

Em 2014, assistiu-se a um crescimento da economia mundial de 3,4% (idêntico ao registado em

2013) devido a uma melhoria do desempenho das economias avançadas (especialmente da União

Europeia e dos EUA) com exceção do Japão. Já relativamente ao conjunto dos países emergentes e

em desenvolvimento, o crescimento económico apresentou-se menos robusto (com exceção da

Índia) em resultado do abrandamento de alguns países, designadamente da Rússia e do Brasil,

refletindo preços mais baixos das matérias-primas (nomeadamente o petróleo), políticas económicas

menos expansionistas, alguma instabilidade financeira e o agravamento de tensões geopolíticas em

alguns desses países (com destaque para a crise Rússia/Ucrânia e a instabilidade do Médio Oriente).

À semelhança da evolução do PIB, o comércio mundial de bens e serviços também desacelerou

ligeiramente para 3,4% em volume em 2014 (3,5% em 2013) refletindo sobretudo um menor

crescimento das trocas comerciais dos países emergentes, de forma mais intensa ao nível das

importações, em resultado de uma procura interna mais fraca e sujeitos a uma limitada margem de

manobra para novas políticas internas favoráveis ao crescimento. De facto, as importações de bens

dos países emergentes desaceleraram para 3,6% em 2014 (4,9% em 2013), tendo acelerado no caso

das economias avançadas.

Nos EUA, houve uma redução gradual, ao longo do ano, dos estímulos monetários por parte da

Reserva Federal (“tapering of quantitative easing”), tendo estes terminado no final de outubro. No

caso da área do euro, assistiu-se a uma diminuição dos riscos financeiros associados às dívidas

soberanas, devido, em parte, à aplicação de instrumentos convencionais e de medidas não

convencionais de cedência de liquidez por parte do Banco Central Europeu1. Também foram

alcançados progressos na construção da União Bancária, levando a uma redução do diferencial de

rendibilidade das taxas de juro de longo prazo dos chamados países periféricos da área do euro face

à Alemanha, apresentados os resultados dos testes de stress bancários respeitantes à avaliação

completa das maiores instituições de crédito da União Europeia e analisada a qualidade dos seus

ativos, os quais foram globalmente positivos. No final de 2014, assistiu-se a uma elevada volatilidade

dos índices bolsistas internacionais e das taxas de câmbio, com destaque para uma depreciação

1 Estas medidas traduziram-se na aquisição de ativos do setor privado não financeiro, na facilitação de novos fluxos de crédito à economia

e aquisição de uma carteira abrangente de covered bonds, evitando a escassez de financiamento das diferentes economias.

Conta Geral do Estado de 2014 1