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II SÉRIE-A — NÚMERO 4 130_____________________________________________________________________________________________________________

Portugal tem participado regularmente em exercícios internacionais na região. Também ao nível da UE, dinamizámos o consenso sobre a necessidade de ação concertada, bem espelhado na Estratégia da União Europeia para o Golfo da Guiné, adotada em março de 2014. A questão da Segurança no Atlântico encontra-se naturalmente relacionada com as nossas relações bilaterais com os países da CPLP, que constituem uma prioridade permanente da nossa política externa. No que se refere ao Atlântico Sul, Portugal também deve aprofundar a sua diplomacia política e relacionamento comercial com diversos países latino americanos. A nossa frente atlântica abrange o relacionamento privilegiado que temos com o Brasil e é do interesse nacional encorajar todas as iniciativas que visem esta interpretação do conceito de relação transatlântica.

3.OS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA Assentes numa língua comum, as relações entre Portugal e os países de língua portuguesa continuam a ser uma prioridade da nossa política externa. As fortes ligações históricas e culturais que unem Portugal a estes estados constituem uma mais-valia para a afirmação do nosso País. Esse desiderato passa designadamente pela aposta na Ajuda Pública ao Desenvolvimento, pelo envolvimento do setor privado, ao lado das ONG, fundações, autarquias e universidades, pela integração das políticas setoriais de cooperação, pelo envolvimento em programas de cooperação delegada da UE e por programas como o da capacitação parlamentar nos países parceiros que deles possam beneficiar, da construção de aparelhos de administração pública e da criação de universidades, entre outros. Nesse âmbito, pela importância estratégica que assume, a cooperação nos domínios da educação, da língua e da cultura, deve continuar a constituir elemento central. Portugal deve continuar a apostar na realização de cimeiras bilaterais regulares com os países de língua portuguesa, as quais são um instrumento privilegiado para dar corpo às parcerias estratégicas pretendidas. Desta forma, a política externa portuguesa deve prestar especial atenção à CPLP. A CPLP é um corpo heterogéneo, integrando Estados localizados em quatro continentes, rica nas suas características e interesses, a qual se encontra numa fase de crescimento. Sendo a CPLP um vetor central da lusofonia, Portugal tem todo o interesse em que esta organização continue a evoluir em sintonia com os interesses e valores que unem os seus membros. Hoje, o interesse da CPLP não se resume à promoção da língua portuguesa, uma dimensão que será sempre fundamental para Portugal. Aprofundar a CPLP significa também promover a dinâmica económica e comercial neste espaço. Convém, pois, que a cooperação no âmbito de CPLP se continue a estender a outros setores, como é o caso da produção energética e da segurança marítima. Assim, a redução dos entraves comerciais no espaço

130 PROGRAMA DO XX GOVERNO CONSTITUCIONAL