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6 DE NOVEMBRO DE 2015 125_____________________________________________________________________________________________________________

VIII - AFIRMAR PORTUGAL NO MUNDO As evoluções registadas nas últimas décadas no plano das relações internacionais não deixam quaisquer dúvidas de que o futuro dos Estados depende, cada vez mais, da sua capacidade para desempenhar um papel ativo na construção dos novos modelos de governança internacional, seja no plano económico, seja no plano político. É essa capacidade, precisamente, que determina se um determinado Estado é encarado como um agente cujo contributo é tido em conta e valorado ou se, diferentemente, a sua postura o remete irremediavelmente para o plano da irrelevância.

Nunca, como agora, a interdependência entre Portugal e o exterior foi tão grande. Num mundo cada vez mais complexo, onde a economia, a informação e as expectativas se globalizaram, os países precisam de afirmar laços seguros e previsíveis, as empresas carecem de enquadramentos estáveis e indutores de competitividade e os cidadãos necessitam de acompanhamento em espaços cada vez mais alargados. Ao longo das últimas quatro décadas, Portugal construiu um perfil internacional solidamente ancorado em três pilares centrais – a pertença ao projeto de integração europeia, o laço transatlântico e a relação com os países de expressão portuguesa – que entre si se reforçam e que, conjugados com a natureza aberta, tolerante e diligente das suas comunidades, muito têm contribuído para assegurar a nossa autonomia e para estimular a nossa prosperidade. Nos anos mais recentes, a pertença consolidada a organizações e quadros internacionais de referência assegurou-nos, primeiro, o apoio externo que tanto precisávamos e, depois, as condições mais favoráveis ao nosso processo de recuperação. É agora essencial dar seguimento ao esforço de restabelecimento da imagem do nosso país como democracia europeia e transatlântica, aberta ao mundo, promotora internacional de estabilidade e de segurança, com finanças públicas sãs, com empresas competitivas e internacionalizadas, com recursos humanos qualificados e com um quadro regulatório confiável e acolhedor para o investimento e a criação de emprego.

1.PORTUGAL NA EUROPA As relações com os nossos parceiros da União Europeia (UE) fazem da nossa política europeia um pilar central da política externa portuguesa. No momento atual, os traços distintivos da UE são a sua mutação geográfica e a metamorfose institucional interna. Ou seja, o alargamento e o

125 PROGRAMA DO XX GOVERNO CONSTITUCIONAL