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RELATÓRIO OE2018

Economia Portuguesa: Evolução Recente e Perspetivas para 2018

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associado às dinâmicas do emprego público e da contenção do consumo intermédio, enquanto a

evolução do respetivo deflator refletirá sobretudo o impacto das medidas previstas de descongelamento

das carreiras na administração pública.

O contributo da procura externa deverá ser nulo, com a desaceleração das importações a ser

compensada por uma desaceleração das exportações, que convergirão para o crescimento esperado da

procura externa relevante. Assim, a balança comercial deverá melhorar (de 0,9% do PIB em 2017 para

1% em 2018), enquanto a capacidade de financiamento deverá melhorar 0,2 p.p. face a 2017.

A evolução do mercado de trabalho continuará a ser marcada por uma descida do desemprego e pelo

aumento do emprego, a um ritmo naturalmente inferior ao de 2017, à medida que o desemprego se

aproxima do nível de desemprego estrutural. Assim, espera-se um aumento do emprego de 0,9%

enquanto a taxa de desemprego descerá para 8,6%, ou seja uma evolução positiva da produtividade

aparente do trabalho. Por outro lado, os desenvolvimentos do emprego deverão continuar a refletir a

reafectação de recursos em favor dos sectores de bens transacionáveis e mais produtivos da economia.

A inflação medida pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC) deverá fixar-se nos 1,4% em 2018, mais

0,2 p.p. do que em 2017, evolução que reflete o equilíbrio de pressões internas e externas. As pressões

internas, no sentido ascendente, estão relacionadas com os desenvolvimentos esperados para as

remunerações (descongelamento das carreiras na administração pública e aumento do salário mínimo),

assim como com o progressivo aumento do hiato do produto7 que leva a um aumento das pressões

inflacionistas na economia. Por outro lado, as pressões externas pendem sobretudo no sentido contrário

e encontram-se ligadas às perspetivas de relativa estabilização dos preços das commodities nos

mercados internacionais assim como à esperada apreciação do euro.

No seu conjunto, perspetiva-se uma progressiva melhoria dos desequilíbrios macroeconómicos quer

internos, quer externos, da economia portuguesa.

Projeções Alinhadas com as de Outras Instituições

As perspetivas macroeconómicas e orçamentais agora apresentadas encontram-se em linha com as mais

recentes projeções de outras instituições relativamente à economia portuguesa (Quadro I.3.4.). Com

efeito, todas as entidades anteveem um crescimento económico em 2018 face ao alcançado em 2017.

Estas perspetivas refletem o abrandamento esperado do crescimento quer da procura interna quer das

exportações. É de realçar, no entanto, que todas as previsões internacionais apontam para que o

investimento e as exportações se mantenham em 2018 como as componentes da procura final com maior

dinâmica.

No mercado de trabalho todas as instituições anteveem a continuação de uma melhoria das condições

em 2018 refletida na descida da taxa de desemprego e no aumento do emprego.

7 O hiato do produto é definido como rácio da diferença entre o produto real e produto potencial em relação ao produto

potencial.

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