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II SÉRIE-A — NÚMERO 22

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 Aprofundamento da diplomacia económica, sobretudo na vertente internacionalização e promoção do

comércio internacional;

 Prosseguir o trabalho de coordenação na Ajuda ao Desenvolvimento e aprofundar as parcerias com

países CPLP, sector privado e ONGD.

Um Portugal Global

No que respeita ao multilateralismo, definido nas Grandes Opções do Plano para 2016-2019 como “princípio

básico da orientação política externa portuguesa”, destacam-se as seguintes medidas para 2018:

 “Participação ativa no sistema das Nações Unidas, com destaque para as missões de paz e de

segurança, a defesa dos direitos humanos, a promoção da educação e da cultura e o acompanhamento

e defesa, perante a Comissão de Limites da Plataforma Continental das Nações Unidas, das

propostas de extensão da plataforma continental de Portugal”;

 “Promoção da agenda das alterações climáticas e da Agenda 2030 para o desenvolvimento

sustentável”;

 “Valorização da participação na Conferência Ibero-americana, na União para o Mediterrâneo e no

Conselho da Europa, incluindo no Centro Norte-Sul”.

Tendo em conta o atual contexto global marcado pela “multiplicidade e complexidade” das ameaças à

segurança internacional, que obrigam a uma maior cooperação e convergência entre os países na defesa dos

princípios do modelo civilizacional baseados na paz, democracia, respeito pelos Direitos Humanos e pelo Estado

de Direito, considera-se necessária uma atuação reforçada no que respeita a:

 “Valorizar a afirmação e reputação de Portugal no mundo como defensor e promotor da Paz, Democracia

e Estado de Direito”;

 “Simplificar e sistematizar a cooperação técnico-militar, potenciando-a, sempre que possível, num

contexto mais abrangente de cooperação internacional, promovendo novas abordagens no quadro da

CPLP ou a nível bilateral, com programas inovadores, nas áreas da formação, do treino e das indústrias

de defesa”;

 “Aprofundar a cooperação entre as Forças Armadas e as Forças e Serviços de Segurança, com o

desenvolvimento de um enquadramento de coordenação, face ao caráter único das ameaças e riscos

com que agora nos confrontamos, nomeadamente no plano da ciberdefesa.”

No que respeita às relações bilaterais, Portugal privilegiará o diálogo com países com os quais tem laços

identitários e históricos e onde possuí interesses específicos.

Neste sentido, destacam-se as relações bilaterais com parceiros europeus importantes como a

Espanha, nomeadamente através da cooperação transfronteiriça pós-2020, a França e Alemanha, enquanto

importantes fornecedores, clientes e investidores, e com o Reino Unido, tendo particular atenção ao processo

de saída da UE. No continente africano, privilegiando as relações com os Países Africanos de Língua Oficial

Portuguesa, com a região do Magrebe,e aindacom o Sahel e o Golfo da Guiné.Com a América-Latina,

para além do Brasil, será dada prioridade às relações com Argentina, Chile e México “tirando partido das

recentes iniciativas político-diplomáticas, nomeadamente na sua vertente económica”. Na América do Norte,

com os Estados Unidos da América, pela importância do Acordo de Cooperação e Defesa e noutras áreas

estratégicas, e com o Canadá, tendo, sobretudo, em conta a significativa comunidade portuguesa neste país.

Finalmente, na região Ásia-Pacífico, destacam-se as relações com a China e a Índia, também aqui tirando

partido das iniciativas político-diplomáticas recentes, e o reforço da aproximação aos países da ASEAN.

No âmbito das políticas de cooperação para o desenvolvimento, sublinha-se a execução dos programas

de cooperação com os PALOP e Timor-Leste, “a implementação de projetos de cooperação delegada da

UE”, e promover-se-á o modelo de cooperação triangular, alargando o escopo dos programas à América

Latina e Norte de África.

As medidas preconizadas para o estreitamento da ligação às comunidades portuguesas passam pelo

acompanhamento atento à situação de países com uma situação política com maior instabilidade, como a