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II SÉRIE-A — NÚMERO 110

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4.2. Reforçar e integrar redes de acessibilidades e de mobilidade

Os diferentes sistemas de transportes de articulação interna e externa do espaço continental português

apresentam estados de desenvolvimento distintos, consoante se posicionam para responder às conetividades

no espaço nacional, ibérico, europeu, atlântico e global. No espaço nacional é necessário melhorar os sistemas

de transportes ao nível da mobilidade metropolitana e urbana, mas também nos territórios de baixa densidade.

O relacionamento transfronteiriço é também uma prioridade.

O sistema aeroportuário é objeto de uma pressão de tráfego com origem no aumento da procura turística,

pelo que é premente reforçar as infraestruturas existentes no âmbito de uma estratégia a médio/longo

prazo, considerando sobretudo o cordão litoral Porto-Lisboa-Faro. Sobressai neste domínio a situação do

aeroporto de Lisboa, cujo nível de saturação torna premente a construção de uma nova infraestrutura

aeroportuária na região que permita aliviar a pressão sobre o atual Aeroporto Humberto Delgado. A banalização

do transporte aéreo trouxe novas e facilitadas opções de deslocação internacional, mas acentua desigualdades

territoriais em face das assimetrias de acessibilidade aos principais aeroportos.

O sistema portuário deve aprofundar as vocações e as complementaridades entre os portos nacionais

e reforçar o papel destes enquanto portas de entrada na Europa e futuras âncoras do desenvolvimento das

autoestradas do mar. O movimento nos portos tem crescido e existem constrangimentos em virtude da evolução

no volume de carga e nas caraterísticas dos navios. Só uma visão integrada rodoferroviária e ferro-portuária

permitirá estabelecer uma estratégia que resulte na efetiva diminuição do transporte comunitário por rodovia. O

objetivo é posicionar Portugal como referência nas cadeias logísticas internacionais. O sistema ferroviário

deverá ampliar as suas infraestruturas, induzindo crescimento de tráfego de passageiros e de mercadorias

Velocidade média de ligações ferroviárias

diretas (2014) Rede de conetividade física e acessibilidade

infraestrutural

Fonte: Comissão Europeia (2017), «A Minha Região, Aminha Europa, O Nosso Futuro: Sétimo relatório sobre a coesão económica, social e territorial»

Fonte dos dados: Infraestruturas de Portugal (2017)