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II SÉRIE-A — NÚMERO 110

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Cobertura de banda larga fixa, por NUTS III

(2016)Acessibilidade digital, por concelho (2016)

Fonte: Comissão Europeia (2017), «A Minha Região, Aminha Europa, O Nosso Futuro: Sétimo relatório sobre a coesão económica, social e territorial».

Fonte dos dados: ANACOM (2017).

As redes digitais poderão constituir importantes instrumentos para a coesão territorial. Atualmente, a

acessibilidade digital não é ainda um fator de equidade territorial em Portugal. Os níveis de acessibilidade

são mais fortes nos contextos metropolitanos e urbanos e existe um vasto território que está insuficientemente

infraestruturado. No futuro haverá mais projetos que integram o espaço físico e a tecnologia digital,

fomentando a conetividade entre pessoas, instituições e empresas. A revolução digital está já a transformar

os nós e os fluxos com expressão no território e a desenvolver uma nova organização da sociedade e da

economia. Neste sentido, a integração dos mundos físico e virtual vai intensificar-se.

Portugal surge numa posição central no contexto dos cabos submarinos de fibra ótica, que ligam o

continente aos territórios insulares e o país a todo o mundo e permitem controlar a transmissão de dados

e as redes de ligação entre os países. Portugal pode ganhar competitividade com a sua posição geoestratégica

na rede mundial de autoestradas marítimas de fibra ótica, acrescentando valor à grande quantidade de dados

de informação que vão chegar de outros países e continentes. Portugal precisa de gerar novas oportunidades

de afirmação internacional, de desenvolvimento de novos projetos e de captação de investimento estrangeiro,

se conseguir tirar partido das infraestruturas existentes, da capacidade tecnológica e do capital humano.

Internamente o país segue a tendência positiva da UE28 ao nível das comunicações, apresentando das

melhores coberturas de redes de nova geração (nomeadamente, na fibra ótica e no 4G). No futuro, para que a

revolução tecnológica e a transformação digital sejam uma realidade é fundamental que o país continue a

reforçar a aposta na infraestruturação e no desenvolvimento de plataformas e ferramentas digitais.

A forma como nos relacionamos, trabalhamos e executamos tarefas de rotina será cada vez mais baseada

nas redes tecnológicas de informação e numa maior interação entre as pessoas e os dispositivos tecnológicos.

Deste modo, deverá haver um maior investimento na capacitação digital do capital humano e da

sociedade em geral (smart communities), tendo em vista acompanhar o acelerado desenvolvimento tecnológico

e o aparecimento de novas ferramentas e produtos digitais.

O setor empresarial reconhece cada vez mais a importância do digital. O aumento da densidade digital

contribuirá para agilizar os processos produtivos e logísticos e para dinamizar novos processos de inovação e

cooperação territorial. A revolução das redes digitais ao nível do setor económico representará uma 4.ª