O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-A — NÚMERO 55

102

Promover a sensorização, conectividade e orquestração da indústria e dos territórios

Apostar na proliferação de tecnologias de vanguarda como, a internet das coisas, a Inteligência Artificial e a

melhoria das capacidades de comunicação e sensorização, assume papel relevante na transição para uma

economia mais moderna, ancorada numa sociedade mais dinâmica e exigente e em territórios mais próximos,

conectados e inteligentes. Só assim será possível desenvolver um tecido económico mais vibrante e que, da

indústria aos serviços, explora o potencial destas novas tecnologias para aumentar o valor acrescentado e a

internacionalização da produção económica e a criação de emprego mais qualificado.

Esta transição digital da economia é simultânea a uma outra alteração do paradigma económico, em que

se assiste à transformação de uma economia linear e fóssil numa economia circular e de baixo carbono, sendo

que os dois processos se reforçam mutuamente.

Neste contexto, importa promover a investigação e a inovação nacional, com base numa abordagem

sistémica, multidisciplinar, colaborativa e de co-design de soluções como alavanca para a mudança. Com esta

finalidade, o Governo propõe:

• Promover, em conjunto com os sistemas de financiamento públicos e privados, o aumento de escala de

projetos de base industrial e tecnológica;

• Assegurar a cobertura de redes de conectividade digital, incluindo as de nova geração, em todo o País,

e em particular nos territórios de baixa densidade;

• Apostar na formação de territórios inteligentes e na criação de uma rede de cidades inteligentes,

incentivando intervenções integradas de desenvolvimento urbano sustentável que visem a melhoria da

qualidade dos serviços prestados às populações;

• Estimular o uso e proliferação de tecnologias relacionadas com a Internet das Coisas, que visem dotar

as cidades e os territórios de mais meios de sensorização, aquisição e aferição de dados, contribuindo para

uma tomada de decisão mais avisada e inteligente;

• Incentivar a gestão inteligente das redes de iluminação pública, implementando tecnologias que

salvaguardem uma maior eficiência energética (LED, por exemplo);

• Promover o uso da tecnologia para a proteção e salvaguarda de ativos florestais e espaços verdes de

importância nacional;

• Apoiar a certificação de tecnologias e produtos nacionais no sistema Environmental Technology

Verification (EVT) da Comissão Europeia.

Impulsionar a digitalização do oceano

Tendo em conta a importância do mar enquanto ativo estratégico que importa aproveita de forma

sustentável e responsável, o Governo assume a necessidade de garantir que os benefícios da digitalização do

processo económico são incorporados na forma como são utilizados os diversos recursos e processos

económicos que utilizam o Mar.

Neste sentido, o Governo irá:

• Alargar o funcionamento da Janela Única Logística a todos os portos nacionais e a todos os corredores

logísticos, portos secos nacionais e plataformas logísticas transfronteiriças que lhes estejam associados;

• Desenvolver os Portos e Redes Logísticas do futuro, assentes num novo conjunto de mecanismos de

colaboração e digitalização das comunidades portuárias e logísticas, através de:

o Criação de componentes aplicacionais de gestão de last mile nos corredores logísticos de base

marítima;

o Introdução de novos mecanismos de publicitação e contratação de serviços logísticos numa lógica

B2B;

o Criação de mecanismos de big data e exploração de conceitos de machine-learning e de inteligência

artificial que extraiam o máximo de valor dos dados, através de dashboards operacionais e

mecanismos digitais de otimização das redes logísticas, desenvolvendo ainda meios de suporte à

sincromodalidade que permitam otimizar custos, performance e redução da pegada ambiental;