O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

3 DE MARÇO DE 2020

91

País, de forma a garantir não só a acessibilidade das populações, mas também uma vantagem competitiva

para a atração de investimento empresarial em atividades relacionadas com serviços e desenvolvimento

digitais.

Atrair investimento para os territórios do interior/baixa densidade

A atração de investimento que crie emprego e permita fixar populações, assegurando saldos migratórios

positivos, apresenta-se como uma condição indispensável para estas áreas do território nacional. Para isso, é

necessário criar um ambiente favorável ao investimento e colmatar falhas de mercado, associadas à menor

provisão de bens e serviços, a custos de contexto acrescidos e a outras desvantagens estruturais. Importa,

pois, mobilizar apoios e incentivos suficientemente atrativos, quer ao investimento, quer à criação e atração de

emprego, assentes nos fatores competitivos das regiões, nomeadamente nas suas características e ativos

existentes. Com este propósito, o Governo irá:

• Apostar no potencial competitivo destes territórios, para acolher investimento empresarial inovador e

competitivo, reposicionando o interior de Portugal como espaço de uma nova atratividade;

• Reforçar o diferencial de incentivos para investimentos direcionados para as regiões de baixa

densidade, aprofundando os mecanismos de majoração de apoios nas políticas de estímulo ao investimento e

nas políticas ativas de emprego;

• Eliminar ou simplificar processos burocráticos que atualmente constituem um entrave à fixação da

atividade económica, reduzindo os custos de contexto e de transação que as empresas têm por estarem ou se

instalarem no interior;

• Impulsionar o Programa de Captação de Investimento para o Interior, com ações de divulgação do

potencial de acolhimento de investimento destes territórios e dos apoios majorados disponíveis,

designadamente através de roadshows e de um acompanhamento muito próximo das intenções de

investimento e sua posterior realização;

• Lançar um programa de mobilização da diáspora, incentivando os nossos emigrantes e

lusodescendentes a investir no interior;

• Agregar competências e mecanismos de orientação dirigidos às empresas, através de centros de apoio

e estruturas partilhadas que, em back office, facilitem o desenvolvimento das atividades económicas;

• Promover o espírito e a cultura empreendedora, fomentando dinâmicas orientadas para o apoio à

geração de novas iniciativas empresariais otimizando os parques tecnológicos e centros de inovação

instalados no interior do País para incentivar negócios com forte componente na transição digital.

Diversificar e qualificar o tecido produtivo nos territórios de baixa densidade/ interior

No contexto dos territórios de baixa densidade, a falta de competitividade e produtividade dos produtos e

serviços dificulta o desenvolvimento e crescimento económico. Neste âmbito, é crucial promover a qualificação

do tecido produtivo, a diversificação das atividades económicas (contrariando a dependência excessiva de

determinadas fileiras), a atração de ativos qualificados, em especial jovens, e a incorporação de conhecimento

e inovação, tirando partido das novas tecnologias e de métodos mais sustentáveis e eficientes, a fim de

desenvolver novas capacidades aos produtos e serviços, aumentando-lhes a cadeia de valor. Para atingir

estes objetivos, o Governo irá:

• Promover a obtenção de escala e a abertura de novos mercados para os produtos e serviços, em

especial aqueles com maior dimensão económica, garantindo assim maiores rentabilidades;

• Promover a contratação de trabalhadores qualificados, em especial jovens, no interior;

• Apoiar o aumento da capacidade de incorporação de inovação e conhecimento por parte das empresas,

estimulando o investimento na transferência de tecnologia, na inovação social, na ecoinovação ou em

aplicações de interesse público, através de especialização inteligente;

• Estreitar as relações entre empresas e entidades do sistema científico e tecnológico nacional,

explorando as sinergias entre o tecido empresarial, as instituições de ensino superior e os centros de

investigação e desenvolvimento;

• Apoiar o desenvolvimento dos Laboratórios Colaborativos no interior, potenciando a sua integração na