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3. CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO ECONÓMICA

A caracterização da situação económica efetuada no relatório sobre o primeiro período do

estado de emergência apresenta três conclusões principais. Deste conjunto de conclusões,

destaca-se, em primeiro lugar, o impacto da suspensão das atividades do domínio do

alojamento e restauração. Tal suspensão gerou um conjunto de repercussões gravosas para

certos produtores e transformadores agroalimentares. O XXII Governo Constitucional

procurou, desde cedo, acorrer às necessidades manifestadas pelos representantes das

empresas que se dedicam ao alojamento e à restauração, concedendo garantias públicas a

três linhas de crédito e disponibilizando, através do Turismo de Portugal, I.P., uma linha de

crédito especificamente direcionada às microempresas. Alguns destes operadores

económicos, nomeadamente os da área da restauração, procuraram adaptar-se à conjuntura,

concebendo canais de distribuição alternativos, tais como a entrega ao domicílio.

A segunda conclusão diz respeito às consequências originadas pela pandemia e pela

subsequente resposta pública ao nível das atividades de comércio. O facto de alguns

operadores económicos terem tido a possibilidade de continuar a laborar como sucedia

previamente contribuiu para a existência de realidades distintas, neste domínio. A venda de

produtos alimentares, farmacêuticos e de outros bens de primeira necessidade, quer por

grosso quer a retalho, não foi interrompida. Assim, após o ritmo inusitado que se verificou

num momento inicial, a procura destes produtos estabilizou. Já o comércio de outros bens,

como por exemplo vestuário, calçado ou mobiliário conheceu uma situação distinta, fruto do

encerramento dos seus estabelecimentos. Merece, ainda, ser enfatizada a adesão dos

consumidores que residem em território nacional aos canais digitais de distribuição.

Por fim, aludiu-se ao funcionamento da cadeia de abastecimento de produtos

agroalimentares. A este propósito, entendeu-se ser importante realçar a resiliência revelada

pelos trabalhadores e empresários que asseguram a oferta destes bens essenciais, assim

como a sua capacidade de adaptação ao contexto. A inexistência de perturbações de maior

no funcionamento da cadeia de abastecimento também se justifica pelo modo como tais

operadores económicos souberam moldar os seus negócios, de forma a responder à procura

observada. Contudo, se a atividade dos estabelecimentos de comércio assegurou parte do

escoamento, o fecho temporário de hotéis, restaurantes e cafés prejudicou a venda de

diversos produtos. O que, no cômputo geral, resultou em valores mais reduzidos

relativamente aos verificados no ano transato.

28 DE ABRIL DE 2020______________________________________________________________________________________________________

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