O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-B — NÚMERO 110

66

rebento reduzido a um talão, um pequeno prolongamento da estrutura vinda da intervenção anterior.

8.4.2.2.3 Poda em esferoblastos ou «cabeças-de-salgueiro» Quando o objetivo é manter uma estrutura de dimensão fixa permanente, não permitindo a sua expansão

para além dos limites definidos. A supressão dos ramos anuais efetua-se sempre no mesmo ponto, pelo que ao fim de alguns anos se desenvolve uma deformação – designada esferoblasto – na zona dos cortes. Estes esferoblastos são conhecidos por cabeças-de-salgueiro, pela semelhança com o modelo utilizado no espaço rural para a produção de vime ou verga. Esta deformação, de forma arredondada, é o resultado da multiplicação das inserções dos raminhos anuais epicórmicos.

8.4.2.2.4 Erros críticos a evitar • Podar a níveis abaixo da altura adequada, destruindo a estrutura já criada – por exemplo cortando

esferoblastos – e provocando grandes feridas de poda. • Não respeitar os ciclos regulares de poda, alargando demasiadamente os intervalos temporais, aumentado

assim o diâmetro dos cortes pelo facto de os ramos já serem de calibre superior ao recomendado.

8.4.3 Podas de reestruturação

8.4.3.1 Reestruturação para restaurar o porte seminatural da árvore a) Nos espaços urbanos e à margem das estradas é comum a presença de árvores malconduzidas,

negligenciadas após terem sido conduzidas em porte condicionado durante anos, ou mutiladas por rolagens. b) Dependendo do estado fitossanitário e biomecânico da árvore, e da extensão da negligência ou dano

causado, poderá ser viável o restabelecimento de uma forma seminatural. c) Dependendo da fase de desenvolvimento em que se encontra, a intervenção será executada na copa

temporária e/ou definitiva. Em cada caso, o objetivo é minimizar os efeitos negativos de longo prazo da negligência ou dano sofridos.

d) Os ciclos de poda podem variar entre 1 e 5 anos de intervalo, dependendo dos objetivos e do estágio de desenvolvimento da árvore.

e) A dimensão da área foliar a remover depende obviamente do necessário para atingir os objetivos, mas, por princípio, não se deve exceder os 10% em árvores adultas, 20% em árvores semiadultas e 30% em árvores jovens. Nos casos de árvores jovens e vigorosas em que a intervenção é feita com atraso de anos, esse valor pode ser incrementado até 40%. Pelo contrário, no caso de árvores com baixa vitalidade, esta taxa de afetação deve ser menor do que a acima indicada para cada caso.

8.4.3.2 Reestruturação para submeter a árvore a um porte condicionado Se a extensão dos defeitos fisiológicos ou biomecânicos existentes desaconselhar – por razões de segurança

– o restabelecer do porte natural, deve considerar-se a possibilidade de passar a conduzir a árvore em porte condicionado, estabelecendo uma forma artificial, para manter baixo o peso e as tensões suportadas pela estrutura fragilizada, desde que esse objetivo possa ser atingido sem rolar a árvore. Se não houver forma de baixar o nível de risco para níveis aceitáveis sem rolar a árvore, deve avaliar-se se é possível deslocalizar os alvos (e se os serviços de ecossistema prestados pela árvore o justificam). Se tudo isto não for exequível deve equacionar-se a substituição da árvore.

8.4.3.3 Erro crítico a evitar Em anos posteriores à intervenção inicial de reconversão de uma árvore – a porte seminatural ou

condicionado – não dar continuidade ao processo, negligenciando a árvore, ou, ainda pior, reincidir na sua