O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

6 DE ABRIL DE 2021

63

se a formação de uma nova flecha a partir de um ramo lateral vigoroso, a que se dará a orientação do eixo principal através de uma ligadura, quando necessário. Mesmo nas árvores a conduzir em porte condicionado, a flecha só deverá ser cortada na passagem da copa temporária para a definitiva.

f) No caso de existirem vários ramos a remover na mesma zona do tronco (ramos em pares ou em anéis), eles não devem ser todos cortados de uma vez, mas sim seletivamente ao longo de vários anos e/ou reduzidos (enquanto aguardam a sua vez de serem cortados), para manter uma «ponte de casca» mínima entre as feridas de corte, suficiente para permitir a passagem normal das seivas entre as zonas inferior e superior a essa região.

g) A poda de formação deve começar assim que a árvore estiver bem estabelecida no terreno, geralmente cerca de 3 anos, no máximo, após a plantação, e deve repetir-se periodicamente a cada 2-3 anos, dependendo da velocidade de crescimento e dos objetivos estabelecidos para o modelo de condução escolhido.

h) Erros críticos a evitar:

• Início tardio das intervenções, levando ao corte de ramos de grande secção, provocando feridas difíceis de recobrir rapidamente e originando problemas fitossanitários.

• Poda excessiva, removendo uma elevada percentagem da área foliar, o que afeta a taxa de crescimento da árvore e a torna mais suscetível a pragas e doenças. A massa fotossintética não deve ser reduzida em mais de 30%, sendo que a percentagem máxima depende da espécie e das condições fisiológicas da árvore. Excecionam-se, claro, as árvores conduzidas em porte condicionado por esferoblastos ou prolongamentos, pois nestes casos a poda remove toda a área foliar.

• Nas árvores conduzidas em porte natural, fazer o atarraque generalizado dos ramos da periferia da copa, que quebra as hierarquias estabelecidas, provoca uma excessiva rebentação terminal vertical e desorganiza o desenvolvimento da árvore segundo a forma típica da espécie.

• Nas árvores conduzidas em porte condicionado não iniciar atempadamente a formação da estrutura

desejada, querendo condicionar posteriormente uma árvore que se desenvolveu em porte natural, recorrendo a rolagens.

8.4.2 Podas de manutenção A poda de manutenção de árvores adultas consiste num conjunto de operações que contribuem para manter

a vitalidade das árvores, sendo fundamentalmente de caráter preventivo. As operações de limpeza no âmbito da poda consistem na eliminação dos ramos secos, partidos e esgaçados, com problemas fitossanitários, mal conformados ou mal inseridos, designadamente que formem ângulos de inserção não característicos da sua espécie ou que estejam a impedir o desenvolvimento de outros, bem como de ramos que estejam a prejudicar o trânsito, a iluminação pública e as habitações, sem prejuízo da eliminação de rebentos do tronco e de ramos «ladrões», os quais devem ser extraídos no ponto de inserção.

8.4.2.1 Podas de manutenção em árvores conduzidas em porte natural As operações de poda de manutenção em porte natural consistem em: • Poda de elevação da copa • Podas de redução lateral de copa • Poda de aclaramento da copa • Poda sanitária e de segurança

8.4.2.1.1 Poda de elevação da copa a) Esta operação deve ser efetuada quando as pernadas ou ramos da copa definitiva constituem um

obstáculo à passagem de peões ou de viaturas, ou por não ter sido feita ou completada a poda de formação ou pela tendência dos ramos de se dobrarem ao longo do tempo, com o aumento do seu peso terminal. No caso das pernadas e ramos orientados sobre a via, a elevação deve ser feita a uma altura superior a 4,5 m, na