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II SÉRIE-B — NÚMERO 110

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8.1.3. Desramação Trata-se da remoção total de um ramo, junto à sua inserção no tronco, pernada ou outro ramo. É uma

operação feita com serrote ou motosserra podadora e utilizada sobretudo tanto em podas de formação como de manutenção. Antes da execução do corte de um ramo é necessário identificar o limite entre os tecidos do ramo e do tronco formado pela ruga. O corte deve ser executado nos tecidos do ramo, afastado 3 a 5 mm da ruga e colo. Ter sempre em conta que o plano de corte varia segundo o ângulo de abertura formado pelo ramo e tronco.

Após o corte, os bordos da ferida devem ficar limpos e o mais uniforme possível. Será considerado dano grave quando o corte for efetuado nos tecidos do tronco.

8.2. Técnicas de corte A árvore é um ser vivo, pelo que qualquer ablação de um ramo funcional corresponde a um traumatismo,

sobretudo se tivermos em conta que a maioria das doenças dos vegetais penetra por feridas. Assim, a poda é sempre uma agressão, cujas consequências devemos limitar, respeitando alguns princípios elementares que decorrem do próprio modo de funcionamento da árvore.

8.2.1 Procurar o ângulo de corte correto a) Nas desramações, os cortes devem iniciar-se o mais próximo possível da ruga da casca, sem a ferir, e

seguir um ângulo que respeite o colo do ramo. b) Um ângulo de corte incorreto vai ferir o câmbio líbero-lenhoso da parte do caule onde está inserida a

ramificação a eliminar, impedindo a formação de um anel de recobrimento regular em volta do corte e favorecendo o desenvolvimento de uma podridão interna.

c) A evolução da ferida de corte nos anos seguintes é a melhor avaliação da qualidade da poda: – Corte bem realizado (ruga da casca e colo do ramo respeitados): – O anel de recobrimento é circular. – Corte mal realizado (ruga da casca e colo do ramo não respeitados): – O anel de recobrimento é incompleto.

8.2.2 Evitar os cortes demasiado afastados da inserção do ramo a) A formação de um toco de madeira morta prejudica o recobrimento da ferida, promove a penetração de

agentes patogénicos e favorece o desenvolvimento de podridões no caule. b) Se o corte for executado no local correto, o nó de recobrimento tenderá a fechar a ferida resultante da

ablação do ramo, sem deixar toco. c) Mas se se tratar de cortar um ramo morto já há pelo menos uma estação de crescimento, a sua ablação

correta faz-se conservando o anel de recobrimento entretanto já produzido, favorecendo assim u, mais rápido recobrimento da ferida.

8.2.3 Evitar os cortes em ramos de grande diâmetro a) As intervenções devem ser sempre em ramos de pequeno diâmetro, pois o recobrimento externo e a

compartimentação interna são mais rápidas e eficazes, já que uma ferida de pequena dimensão tem maiores probabilidades de ser fechada mais rapidamente, dando lugar a um nó de recobrimento.

b) Já uma ferida causada pelo corte dum ramo de grande dimensão demorará mais tempo a ser recoberta – ou nunca o chegará a ser, dependendo do estádio de desenvolvimento ou do vigor vegetativo da árvore – ficando o lenho exposto.

c) Geralmente considera-se que o diâmetro dos cortes cuja evolução não provoque grandes danos à árvore não deveria ultrapassar um máximo de 10 cm, mas é obvio que este valor é apenas indicativo, pois varia muito em função de diversos fatores, como a sua idade, taxa de crescimento anual e estado fitossanitário.