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II SÉRIE-B — NÚMERO 110

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b) São praticados no nosso País diversos submodelos de poda em porte condicionado, como sejam a

«cabeça-de-salgueiro», o «talão», a «redução de copa», a «sebe arbórea» ou a «vinha de enforcado». As variantes mais comummente utilizadas nos nossos espaços urbanos serão descritas no ponto 8.4.2.2.

c) Conduzir em porte condicionado altera irreversivelmente a arquitetura da copa da árvore e obriga à realização de podas regulares, em intervalos curtos, para o resto da vida da árvore, pelo que a opção de estabelecer uma forma artificial não pode ser tomada de ânimo leve, sem fazer uma análise de custo/benefício.

8.4. Tipos de poda

8.4.1 Poda de formação a) O objetivo da poda de formação é intervir na copa temporária das árvores jovens e semiadultas, fazendo

a elevação gradual da copa – para obter um tronco despido de ramos até à altura previamente definida – ao mesmo tempo que se promove o desenvolvimento de um eixo central (tronco) dominante e estável, bem como o estabelecimento de uma copa definitiva equilibrada e estruturada de acordo com os objetivos estabelecidos para o modelo de condução escolhido (natural ou condicionado), que deve ser adequado aos condicionantes do local onde a árvore está implantada.

b) Em poda de formação, os seguintes ramos devem ser removidos, pois a sua presença na copa temporária é problemática:

• ramos partidos, mortos ou a secar • ramos colonizados por pragas ou doenças • ramos com bifurcações de ângulo fechado (forma de V), formando codominâncias, com «casca inclusa»,

cuja união é frágil • ramos cruzados em fricção • rebentos epicórmicos a crescer no tronco, pois consomem recursos necessários à copa; no entanto, nas

árvores em más condições fisiológicas não devem ser todos removidos, alguns devem ser mantidos como «esperas», pois podem vir a ser necessários para substituir as partes decrépitas da copa

• rebentos surgidos abaixo do nível do enxerto, nos casos aplicáveis • ramos excessivamente grossos (relação entre o diâmetro do ramo e o do tronco superior a 1/3) na copa

temporária Só após os ramos com as características acima referidas terem sido podados é que deverá ter lugar a poda

de elevação da copa. c) A poda de elevação de copa deve ocorrer em etapas sucessivas ao longo de vários anos, respeitando em

cada uma delas uma relação equilibrada entre a altura da parte correspondente à copa (zona ramificada do tronco) e a do fuste (zona do tronco sem ramos), idealmente:

• razão não inferior a 1:1 para árvores recém-plantadas; • razão não inferior a 2:1 para árvores com um PAP de 20 cm ou mais, sendo sempre preferível deixar

uma proporção maior de copa. d) A poda de elevação de copa deve ser realizada regularmente até que a coroa atinja uma altura mínima

de: • 2,5 m em vias de circulação de peões e ciclistas; • 4,5 m em vias de circulação de viaturas.

e) Na copa temporária, a flecha dominante deve sempre ser mantida e liberta de concorrentes, como são os

ramos codominantes persistentes, embora sem precipitações, pois ramos codominantes temporários podem ser um fenómeno normal e transitório, dependendo da arquitetura específica da espécie da árvore. Nos casos em que não exista uma flecha dominante (tenha secado, partido ou sido erradamente cortada), deverá promover-