O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

6 DE ABRIL DE 2021

59

pragas ou doenças. Por outro lado, as atividades humanas podem também levar a conflitos, se estas atividades afetarem o

crescimento ou a integridade estrutural das árvores, ou tiverem impacto negativo na forma como resistem ao vento, devido à remoção de outras árvores ou de estruturas de abrigo ou construção de edifícios. As atividades humanas podem também fazer aproximar pessoas, ou outros alvos, das árvores.

Qualquer conflito deste tipo pode ter sérias implicações para a sanidade e estabilidade da árvore em questão e/ou para a segurança de pessoas e bens.

A resolução destes conflitos pode – em algumas situações – ser alcançada pelos trabalhos de poda de árvores, embora se deva sempre considerar a possibilidade de aplicar medidas alternativas ou complementares, como a mudança de uso ou de gestão das áreas adjacentes.

A necessidade de fazer intervenções de poda pode muitas vezes ser imediatamente evidente para os responsáveis ou gestores do arvoredo, no desempenho das suas funções habituais. No entanto, há muitas circunstâncias em que se impõem inspeções prévias – devendo as mesmas serem realizadas pelos técnicos competentes e, quando apropriado, especialistas externos reconhecidos em determinadas áreas específicas – para aferir da necessidade ou não de poda e de qual o modelo de condução ou a operação mais adequada às circunstâncias.

Para além das podas de formação feitas correta e atempadamente – essenciais para a boa estruturação das jovens árvores e para a sua adequação precoce aos condicionantes do ambiente urbano – as podas de manutenção das árvores adultas devem ocorrer quando haja risco de o arvoredo provocar danos na sua envolvente, designadamente em pessoas, vegetação, estruturas construídas e outros bens, quando haja necessidade de promover a sua coabitação com as estruturas urbanas envolventes ou em casos de gestão tradicional do arvoredo em questão, nomeadamente as podas em porte condicionado, realizadas regularmente para controlo do crescimento das árvores implantadas em situações de elevado constrangimento ou para manutenção dos objetivos estéticos que presidiram à escolha do modelo de condução seguido, ou ainda, sempre que tal se justifique, por motivos de força maior.

Sendo provavelmente o mais comum de entre os procedimentos de manutenção de árvores, a poda deve ser realizada com conhecimento da sua biologia. As podas inadequadas – nomeadamente as famigeradas rolagens – criam danos irreversíveis nas árvores, aumentam a sua perigosidade e reduzem o seu tempo de vida.

8.1. Técnicas de poda As técnicas de poda, que consistem em cortes feitos seletivamente na árvore com objetivos técnicos

específicos previamente definidos, podem resumir-se às seguintes:

8.1.1. Atarraque sobre gomos

A redução de um raminho jovem consiste no seu atarraque acima de um gomo ou gema lateral. É uma operação feita com tesoura da poda e utilizada sobretudo em podas de formação de árvores jovens, com o objetivo de orientar o crescimento dos ramos ou estimular a rebentação lateral na parte inferior do ramo, mas também na poda de manutenção das árvores conduzidas em porte condicionado por prolongamentos (talões).

8.1.2. Atarraque sobre ramos laterais A redução de um ramo ou pernada consiste no seu atarraque acima da axila de um ramo lateral. É uma

operação feita com serrote ou motosserra podadora e utilizada sobretudo tanto em podas de formação como de manutenção. O ramo lateral escolhido passa a ser o prolongamento do ramo seccionado funcionando como «puxa-seiva», pois está em condições de, pela transpiração das suas folhas, promover a ascensão da seiva bruta, evitando assim a morte do ramo reduzido ou proliferação de rebentos epicórmicos nas proximidades do corte. Para cumprir com estas funções, o ramo lateral deverá ter uma dimensão superior a 1/3 da pernada ou do ramo reduzido.