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6 DE ABRIL DE 2021

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mutilação.

8.5 Épocas de poda Excecionando-se os casos pontuais de necessária e urgente intervenção, a poda, seja ela de formação,

manutenção ou de reestruturação, será realizada na época adequada aos objetivos definidos, que dependem do modelo de condução em causa:

a) Nos tipos de poda em porte condicionado por esferoblastos (cabeças-de-salgueiro) ou prolongamentos

(talões), a poda remove toda a área foliar, pelo que tem de ser obrigatoriamente realizada no período de repouso vegetativo das plantas, normalmente entre novembro e março.

b) Há ainda outras vantagens na poda invernal, como sejam evitar o período de nidificação das aves, ocorrer no período de dormência da maioria de pragas e doenças e permitir uma melhor visualização da arquitetura da árvore, nos casos das espécies de folha caduca.

c) Os diversos tipos de poda em porte natural, definidos no ponto 8.4.2.1, podem, até com óbvios benefícios para a árvore – melhor compartimentação das feridas de poda, melhor visualização do estado vegetativo/sanitário das partes a podar, menor estimulação de nova rebentação, nomeadamente de ramos epicórmicos – ser executados em pleno período vegetativo. Mas deve ser evitada durante o abrolhamento primaveril ou no período imediatamente antes da queda outonal das folhas. Também não é aconselhada nos longos períodos de seca.

d) Quando se considera o período de repouso vegetativo, há que ter em atenção que algumas espécies exóticas – como, apenas como exemplo, as sul-americanas Jacaranda mimosifolia e Tipuana tipu – têm ciclos anuais diferentes, fazendo com que a época de adequada de poda possa ser diferente. As espécies acima referidas como exemplo podam-se normalmente desde meados de março até fim de abril.

e) A poda de sebes arbóreas é repetida várias vezes por ano, idealmente na estação de crescimento.

8.6 Equipamentos e ferramentas a) Para a poda do arvoredo de médio e grande porte, deverá ser utilizado preferencialmente o método de

poda por escalada ou a combinação da escalada com a utilização de viatura com cesto elevatório, consoante as situações. Não devem ser admitidas soluções com utilização de viaturas com braço hidráulico adaptado.

b) As ferramentas de corte preferenciais nesta operação cultural são as tesouras de poda e os serrotes, mas é perfeitamente admissível a utilização de motosserra podadora, desde que utilizada de forma tecnicamente correta por arboristas certificados.

c) Os equipamentos a utilizar devem estar abrangidos pela Diretiva Máquinas (Diretiva 89/392/CEE), cumprir as normas de segurança e possuir a «Declaração de Conformidade da CE».

8.7 Medidas preventivas a) A boa execução dos cortes é imprescindível para a saúde das árvores. b) Para evitar a propagação de doenças, as ferramentas de poda serão tratadas por um produto desinfetante,

que tenha sido aprovado pelos serviços competentes. Na ausência de processo automático de desinfeção do material, é necessário realizar uma desinfeção periódica das ferramentas, antes da deslocação para outro local.

c) Nas zonas de elevado risco de contaminação, serão tomadas precauções particulares, sendo obrigatória a desinfeção do material antes de começar o trabalho noutra árvore.

d) Não devem ser utilizados produtos que cubram as feridas de poda. e) Em todos os trabalhos de poda e/ou abate de árvores com recurso a escalada ou por outros meios, dever-

se-á assegurar que sejam executadas as boas práticas de maneio de arvoredo, segundo as normas e usando os equipamentos de segurança para os trabalhos em altura, bem como o respeito pela integridade das árvores.