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3.Economia

Caracterização da Situação Económica

O presente relatório analisa a evolução da situação económica ao longo dos meses de

julho e agosto. Tal análise, procurará ter em conta, não apenas a evolução dos vários

indicadores económicos, mas também, o impacto das medidas de restrição de

circulação ainda em vigor.

Em primeiro lugar, cumpre destacar os indicadores de procura interna, os quais tiveram

em julho o seu melhor mês desde o início da pandemia. Assim, julho foi, segundo o

Banco de Portugal, o melhor mês desde abril de 2020, apresentando uma evolução

positiva de 10,1%. Tais dados não estão ainda disponíveis, contudo, para a totalidade

mês de agosto.

O crescimento observado na vertente da procura interna parece ter tido também, s.m.o,

um reflexo direto nas vendas do comércio a retalho. Tal explica que, no mês de julho, se

tenha verificado uma evolução positiva de 2,6% em termos homólogos no índice do

volume de negócios no comércio a retalho. Contudo, este aumento na dinâmica de

procura não parece refletir na sua totalidade a evolução dos padrões de confiança na

economia. Com efeito, no mesmo mês, o indicador de confiança dos consumidores

registou uma descida de -12,6 para -17,0, retomando valores de abril de 2021, tendo tal

quebra sido já recuperada em agosto, mês em que o indicador em causa atingiu o valor

de -11,9, correspondendo este ao máximo observado desde março de 2020.

Este fenómeno de quebra e recuperação teve o seu reflexo noutros setores de atividade

económica. Desde logo, o indicador de confiança na construção e obras públicas sofreu

igualmente uma quebra no mês de julho, atingindo o valor de -9,8, seguido de uma

recuperação em agosto para -4,0. Este tendência foi igualmente observável nos serviços,

setor em que o indicador de confiança dos consumidores se reduziu para 5,2 em julho e

aumentou para 8,6 em agosto, atingindo, por sua vez, o valor mais elevado desde o início

do período pandémico. A única exceção a este caso foi a indústria transformadora, que

observou uma queda de confiança para -3,2 em julho, a qual se agravou para -4,1 em

agosto. Todos estes indicadores de confiança resultam numa evolução positiva do

indicador de sentimento económico, o qual alcançou os valores de 1,4 em julho e de 2,0

em agosto de 2021.

Os indicadores divulgados ainda não permitem auferir, na sua totalidade, o impacto das

medidas de restrição de circulação e de controlo da saúde pública na atividade

II SÉRIE-A — NÚMERO 9 ______________________________________________________________________________________________________

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