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II SÉRIE-A — NÚMERO 25

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acolhimento de nacionais de países terceiros.

No ponto referente à «Consolidação do Sistema de Segurança Interna», para o ano de 2022, as linhas

de ação enunciadas pelo Governo passam pela continuidade da implementação da nova geração de contratos

locais de segurança, nas suas diferentes tipologias, e na melhoria dos programas especiais de policiamento e

do reforço do policiamento de proximidade, para prevenir o crime e, ao mesmo tempo, reforçar a proteção das

populações, incluindo as mais vulneráveis, com destaque para os programas especiais dedicados às crianças,

aos idosos e aos deficientes.

Salienta-se que a área governativa da administração interna reforça a aposta em soluções que visam

otimizar o modelo de gestão das FSS, através da promoção de um modelo de serviços partilhados, no sentido

da integração gradual das estruturas de apoio técnico e de suporte logístico das FSS, eliminando

redundâncias, simplificando estruturas e concentrando os recursos na missão operacional.

No âmbito da resposta do Estado em situações de emergência, o Governo afirma que está em preparação

a integração da gestão da rede SIRESP num novo modelo de governação mais ampliado no quadro das

tecnologias MAI, assim como «o desenvolvimento dos estudos necessários à definição dos requisitos

tecnológicos da rede, quer no médio quer no longo prazo, num quadro cada vez mais exigente e desafiante».

Este novo modelo, de acordo com o Governo, permitirá garantir o desenvolvimento da prestação de serviços

transversais nas áreas das tecnologias de informação, comunicações e comunicações de emergência a todos

os serviços e organismos do MAI.

Adicionalmente, será prosseguida a estratégia de prestação de serviços partilhados nas áreas dos

processos financeiros e logísticos, na gestão de recursos humanos e processamento de remunerações, na

aquisição de bens com caráter regular e na gestão de projetos financiados por fundos europeus às FSS.

No domínio da segurança interna, a estratégia do MAI passa por um conjunto de ações concertadas, em

vários planos, com destaque para a melhoria e clarificação do quadro legal, no que diz respeito à utilização da

videovigilância por parte das FSS, a revisão do quadro legal relativo ao uso de armas de fogo no âmbito

desportivo e da caça, a revisão do regime jurídico dos explosivos, bem como em matérias respeitantes ao

controlo e fiscalização da utilização de sistemas de aeronave não tripulada, usualmente designados por

drones, à regulamentação da atividade de segurança privada e à regulamentação do regime jurídico do

combate à violência no contexto desportivo.

Sublinha-se ainda a preparação de uma estratégia integrada de prevenção e combate ao terrorismo em

todos os patamares em que os interesses do País se projetam, a nível nacional, europeu ou internacional,

promovendo o cumprimento de uma renovada estratégia nacional para o ciberespaço.

Preconiza-se também a revisão do enquadramento legal relativo à identificação e proteção de

infraestruturas críticas, com o objetivo de conferir às entidades representativas de cada setor um papel mais

ativo no processo de identificação das respetivas infraestruturas críticas nacionais, bem como assegurar a

adoção das medidas e ações de proteção e aumento da resiliência das infraestruturas identificadas,

enfatizando a sua natureza transectorial.

No ponto referente à «Programação plurianual do investimento das forças e serviços de segurança»

relembra o Governo que com a Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos das Forças e Serviços

de Segurança do Ministério da Administração Interna (Lei n.º 10/2017, de 3 de março) foi possível «conferir ao

investimento nas infraestruturas e nos meios operacionais das FSS uma orientação estratégica e planeada a

médio e longo prazos, potenciando a sua capacidade operacional e melhorando as condições de trabalho das

FSS», introduzindo «maior racionalidade e eficiência no investimento público, assente numa visão de conjunto

e numa perspetiva plurianual, definindo prioridades a médio prazo e evitando decisões casuísticas». Neste

domínio, para 2022, pretende-se dar seguimento ao reforço da capacitação das FSS, designadamente através

da aquisição de armamento e de diversos equipamentos de proteção individual e para funções especializadas,

bem como prosseguir a aquisição de viaturas no âmbito de procedimentos plurianuais, possibilitando a

renovação das respetivas frotas automóveis nas distintas valências.

No ponto relativo às políticas migratórias, na sequência da adoção do Plano Nacional de implementação

do Pacto Global das Migrações, o Governo assume como prioridade de ação, «a continuação de uma política

de fronteiras ancorada no cumprimento dos princípios de solidariedade e da responsabilidade partilhada, bem

como na promoção da regulação dos fluxos migratórios e da atratividade do País, promovendo os canais

regulares de migração para Portugal desde os países de origem e, ao mesmo tempo, reconfigurando a forma