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BOA GOVERNAÇÃO

BOA GOVERNAÇÃO

I.I. CONTAS CERTAS PARA A RECUPERAÇÃO E CONVERGÊNCIA

Para se atingirem os objetivos da recuperação e convergência é fundamental assegurar que a

política económica tenha sucesso no ciclo 2022-2026 e para isso ela deve desenvolver-se em

duas dimensões que estão intrinsecamente ligadas: i) a resposta abrangente no curto prazo aos

desafios imediatos, com um pacote integrado de medidas que tenha em conta a preservação

da capacidade produtiva do país, a ajuda às empresas com dificuldades de tesouraria e às

famílias e a defesa contra os aumentos exponenciais do preço da energia e dos bens

alimentares; ii ) a resposta, que também deve começar já, mas focada em objetivos de médio

e longo prazo, e que tem a ver com a mudança do modelo de desenvolvimento económico do

país, que deve basear-se na inovação tecnológica, e deve atuar ao nível das alavancas

fundamentais que podem mudar a trajetória de desenvolvimento: o reforço continuo das

qualificações dos trabalhadores e a formação profissional efetiva; a capitalização das empresas

e a mudança do paradigma existente, que é muito centrado no recurso ao crédito bancário e ao

endividamento; a melhoria significativa da literacia financeira e de gestão a todos os níveis; a

melhoria do ecossistema de inovação e da ligação entre as Universidades, Politécnicos, Centros

de Inovação e empresas.

I.I.1. Uma política orçamental credível centrada na recuperação sustentável da

economia

No período entre 2015 e 2019, antes do surgimento da pandemia, a mudança de políticas

implementada pelos anteriores Governos tornou possível a recuperação de rendimentos e um

forte crescimento da economia e do emprego. Portugal registou nesse período um crescimento

de 11,5% em volume do Produto Interno Bruto.

Um crescimento robusto, alicerçado no investimento e no crescimento das exportações,

importando recordar que, em volume, o investimento cresceu perto de 28% e as exportações

quase 23%, levando a que as exportações atingissem o maior peso do PIB na nossa história

(43,5%). Nesse período, o crescimento médio da economia portuguesa (2,8%) foi

significativamente superior à média da zona euro (2%), o que aconteceu pela primeira vez nas

últimas duas décadas.

II SÉRIE-A — NÚMERO 4 _______________________________________________________________________________________________________________

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