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4 DE MAIO DE 2022

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Até fevereiro de 2022, as projeções das instituições internacionais antecipavam uma forte expansão da

atividade económica mundial para este ano, superando-se a quebra sentida nos dois anos precedentes, em

consequência da pandemia de COVID-19.

As previsões depararam-se com uma situação excecional, resultante do conflito na Ucrânia, iniciado no final

de fevereiro, cujo caracter grave e adverso, determinou, por parte das instituições e organismos internacionais,

a revisão em baixa do crescimento económico mundial, acompanhada pela revisão em alta da taxa de inflação

para o ano de 2022.

Denota-se a deterioração dos termos de troca na segunda POE/2022, que revê em alta o deflator das

importações para 11,1%, o qual supera, em percentagem, a revisão igualmente em alta do deflator das

exportações, para 13,1%.

Em resposta às vicissitudes decorrentes da alteração da conjuntura internacional, a estratégia proposta pelo

Governo assenta em seis prioridades:

• Mitigar o choque geopolítico;

• Reforçar os rendimentos das famílias;

• Apoiar a recuperação das empresas;

• Investir na transição climática e digital;

• Recuperar os serviços públicos;

• Prosseguir a consolidação orçamental.

A procura interna será o principal fator de crescimento, com um contributo de 4,3 pontos percentuais (pp)

para a referida taxa de crescimento do PIB de 4,9%. No tocante à procura externa líquida, de superlativa

importância para a economia portuguesa, estima-se que deva crescer 0,6%, o que, comparando com a previsão

de aumento das exportações de 13,1%, antecipam elevados ganhos de quotas de mercado.

O emprego deverá aumentar 1,3%, depois de ter crescido 2,1%, em 2021; a remuneração média por