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13 DE MARÇO DE 2025

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sozinha num espaço sombrio e sem o aconchego do seu marido, Inês Sanches convida um frade do Mosteiro

de Santa Maria de Bouro, do concelho de Amares, para os seus aposentos com o propósito de confessar os

pecados, acabando por cometer adultério. Quando o alcaide soube da infidelidade de sua esposa, num ato de

fúria, tranca no interior deste reduto fortificado os adúlteros e todos os que consentiram a esta traição e ateou

fogo à estrutura, cumprindo a sua vingança pessoal e honrando o bom nome. Ainda nos dias de hoje, quando a

neblina cai sobre o Castelo de Lanhoso, parece ouvir-se os gritos estridentes a sair das paredes que teimam

em guardar estas memórias. A partir deste acontecimento, a eficácia militar deste baluarte medieval foi-se

perdendo e só volta a ganhar a sua altivez e preponderância em 1940, data de conclusão da profunda reforma

levada a efeito pela Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) e que se mantém até aos

dias de hoje.

b) Núcleo museológico do Castelo de Lanhoso

Integrado na torre de menagem, o Núcleo museológico do Castelo de Lanhoso foi inaugurado em 1996 e

totalmente renovado em 2011.

Desde então, este espaço museológico é detentor de um vasto e valiosíssimo espólio arqueológico,

proveniente de vários pontos do concelho, e soluções visuais e audiovisuais que retratam os acontecimentos

marcantes deste baluarte medieval.

O caminho de ronda, localizado no topo da torre, proporciona momentos marcantes na visita a este núcleo

museológico porque permite apreciar todo o esplendor paisagístico dos vales do rio Ave e Cávado, verdadeiros

pilares do Minho.

c) Museu dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso

Inaugurado em 2016, o Museu dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso contém peças pertencentes

à corporação da Póvoa de Lanhoso e a familiares de antigos bombeiros, que as doaram para ali ficarem

expostas. Desde um fardamento de 1904 a medalhas como o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros, passando

por escadas, batedores, botas, assobios ou veículos de tração animal e motor, há ali de tudo um pouco.

3.2. Patrimónioarqueológico

a) Castro de Lanhoso

Na década de 30, do Século XX, foi aberta a estrada de ligação do sopé ao topo do Monte de Lanhoso, onde

encontramos localizado o medieval Castelo de Lanhoso (MN), e puseram a descoberto um conjunto de

estruturas castrejas, composto por várias tipologias de casas, associadas a um espólio arqueológico de diversos

períodos cronológicos, utilizando diversos tipos de materiais.

Pelas caraterísticas morfológicas e geomorfológicas, este sítio manteve uma continuidade de ocupação ao

longo de milénios, desde os períodos pré-históricos, passando por culturas castrejas e romanização

(construções e espólio), para além da época moderna (calçada, santuário Mariano) outro importante e

significativo período marcante na ocupação do monte.

A interpretação do Castro de Lanhoso, sendo feita através de um percurso pedonal com painéis informativos

ao longo do itinerário, além de permitir a o conhecimento das diversas tipologias de ocupação, culminando com

robustos elementos pedagógicos (foram construídas três casas modelo), permite uma ligação próxima à calçada

ainda hoje utilizada como «Via Sacra» (culto a N. Sr.ª do Pilar, desde 1680), terminando junto ao Castelo de

Lanhoso (MN).

O Castro de Lanhoso foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1948, pelo Decreto n.º 30 762,

Diário do Governo n.º 225, de 26 de setembro 1940 / Decreto n.º 37 077, Diário do Governo, 1.ª série, n.º 228,

de 29 setembro de 1948.

b) Via Romana XVII

Iniciada na época do Imperador Augusto, a Via Romana XVII foi um dos mais importantes eixos viários entre

Bracara Augusta (Braga) e Asturica Augusta (Astorga, Espanha), numa extensão de aproximadamente 350 km,