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A contrário desta explicação de Zeinal Bava, a razão da presença de Manuel Polanco em Lisboa no dia 25 foi a reunião do CA da MEDIA CAPITAL realizada nesse dia.

No dia 24 de Junho, os diários i e Jornal de Negócios anunciam que a PT vai adquirir parte da TVI (ver anexos). O jornal i adianta que o ministro Augusto Santos Silva recusou “comentar fontes anónimas”, quando confrontado com a possibilidade da entrada da PT no capital da MEDIA CAPITAL ser uma forma de o Governo pressionar a linha editorial da informação da TVI. O mesmo jornal publica comentários do deputado do PS Arons de Carvalho. Estes comentários foram recolhidos na véspera, dia 23.

No mesmo dia 24, durante o debate quinzenal realizado no Parlamento, o Primeiro-ministro José Sócrates, em resposta a perguntas dos deputados Diogo Feio e Francisco Louçã, declara: “O Governo não dá orientações, nem recebeu qualquer tipo de informação sobre negócios que tenham em conta as perspectivas estratégicas das PT”.

Diogo Feio (CDS): “Senhor Primeiro-ministro, a outra questão que lhe queria colocar tem a ver com a hipótese de compra de 30 por cento da TVI pela PT. Sabemos que são negócios entre privados e, evidentemente, em relação a esses não nos metemos. No entanto, queria saber o seguinte: em primeiro lugar, o Governo foi ouvido em relaç~o a esta proposta, tendo em atenç~o a “acç~o dourada” que tem na PT e que a Caixa Geral de Depósitos tem como único accionista o Estado? Em segundo lugar, será que estaremos a assistir a uma mudança editorial na TVI, seja ela qual for? Não considera estranho que tenhamos uma situação na RTP, que é do Estado, na SIC que é privada, e na TVI, que pode passar a ser “assim-assim”?”

(…)

Primeiro-ministro: “Senhor deputado Diogo Feio queria fazer-lhe a seguinte pergunta: a propósito dessa questão que me colocou e desculpe devolver-lha, mas qual é o interesse que o senhor deputado tem na questão da TVI e na linha editorial da TVI? Está preocupado com alguma coisa?

Como eu o percebo, senhor deputado, como eu o percebo! Portanto o senhor deputado acha que a TVI tem seguido uma linha contra o Governo e deve manter-se assim.”

Primeiro-ministro: “Nada de alterar linhas editoriais! Olhe, senhor deputado, eu nada tenho a ver com linhas editoriais, muito menos da TVI. Já disse tudo o que tinha a dizer sobre a TVI. O Governo não dá orientações, nem recebeu qualquer tipo de informação sobre negócios que tenham em conta as perspectivas estratégicas da PT.

É apenas isso que tenho para lhe dizer, mas registo o seu interesse.

Portanto, o interesse do CDS é: “Vamos ver: a PT vai ter um negócio em que pretende comprar parte da TVI. Será que isso vai alterar a linha editorial da TVI?” O senhor deputado est|

II SÉRIE-B — NÚMERO 163______________________________________________________________________________________________________________

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