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Ora, de referir que este donativo seria alastrado a toda a gente. De facto, de acordo com o apelo
lançado pelo ITQB, este engloba igualmente alunos e estagiários, apesar de se reconhecer que
estes são, do universo dos trabalhadores da instituição, os que têm uma ligação mais precária
com a mesma e que são, naturalmente, os que têm menos possibilidade de contribuir
financeiramente seja para o que for.
Vale a pena relembrar que nos atuais 63 laboratórios do ITQB trabalham cerca de 400
investigadores dos quais cerca de 190 são doutorados e 172 são estudantes de doutoramento.
Em suma, perante as enormes dificuldades financeiras que estão colocadas ao ITQB, estando
este em vias de hipotecar todo o trabalho científico que aí se desenvolve, a direção resolve
implementar um plano de emergência que permita à instituição sobreviver a 2012.
Para o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda esta situação é totalmente inaceitável e
sintomática do abandono a que estão votados os centros de investigação científica no nosso
país. Como se dum fardo se tratasse, diminuísse drasticamente o financiamento às instituições,
colocando-as na absoluta desgovernação financeira, abrindo espaço para que apelos a
donativos, até a estudantes, comecem a surgir.
Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o
Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem por este meio dirigir ao Governo, através do
Ministério da Educação e Ciência, as seguintes perguntas:
Tem o Ministério da Educação e Ciência conhecimento desta situação?1.
Considera o Ministério razoável que a falta de dinheiro para a produção científica seja tal que
a direção do ITQB tenha vindo apelar a donativos por parte dos trabalhadores para o
sustento da mesma?
2.
Pode o Ministério explicar exatamente quanto, até ao ano passado, o ITQB recebeu do
Orçamento do Estado, bem como da Fundação para a Ciência e Tecnologia, e quanto vai
passar a receber em 2012? Igualmente, pode esclarecer a redução adicional de que deu
conta a Secretaria de Estado do Orçamento à direção do ITQB?
3.
Qual o peso que o Ministério da Educação e Ciência atribui à produção científica num quadro
de extrema necessidade de crescimento económico como o que o nosso país enfrenta no
atual momento?
4.
Vai o Ministério proceder de alguma forma para evitar que estes trabalhadores,
designadamente estagiários e alunos, venham a ser obrigados a doar um pouco do pouco
que têm, para garantirem a continuidade do seu percurso académico?
5.
Palácio de São Bento, quarta-feira, 11 de Janeiro de 2012
Deputado(a)s
ANA DRAGO (BE)
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