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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
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O Secretário da Mesa
Assunto:
Destinatário:
Ex. ma Sr.ª Presidente da Assembleia da República A Gfk Portugal foi a empresa designada pela CAEM (Comissão de Análise de Estudos de
Meios) para realizar o estudo de medição das audiências de televisão em Portugal nos próximos
anos, com inicio a 1 de Janeiro de 2012.
No entanto, por razões de ordem técnica, só no início do mês de Março é que a Gfk passou a
responsabilizar-se por esta medição. O início de atividade ficou marcado por inúmeras críticas,
essencialmente da RTP, face aos resultados divulgados.
Com efeito, notícias recentes levantam uma crescente preocupação com os prejuízos que estes
resultados podem constituir, devido à quebra abrupta de audiências da RTP, registada desde o
início de Março. Se a Marktest, anterior empresa de medição, apresentava uma audiência média
de 19,5% para o período entre 1 e 4 de Março, os resultados avançados pela Gfk apresentavam
uma audiência média de 13,9%.
Para além disso, na passada terça-feira, 6 de Março, a RTP voltou a ser prejudicada, com a
indicação de que, no período entre as 17h25 e as 17h55 a audiência era nula, quando um
minuto antes era de 247 mil espetadores e um minuto depois era de 295 mil espetadores.
De acordo com estimativas publicadas na Imprensa, cada ponto de audiência média anual na
RTP valerá aproximadamente 2,3 milhões de euros no mercado da publicidade, pelo que, a
encerrar o ano com menos 5,6 pontos de audiência média, como explicita a Gfk nos valores
publicitados, consubstanciar-se-ia uma perda de 12,9 milhões de euros anuais.
Por outro lado, este processo de medição deve ser totalmente imparcial, fidedigno e factual, não
permitindo desfasamentos com a realidade que prejudiquem e desvalorizem determinadas
operadoras e provoquem distorções no mercado.
A CAEM configura um sistema de auto-regulação, tendo desenvolvido todo o processo de
escolha da empresa e do novo sistema de medição, pelo que deve aferir e responsabilizar-se
pelas dificuldades técnicas e pelos erros causados aos operadores, nomeadamente à RTP.
Percebemos que o Senhor Ministro tenha dito que a RTP e o serviço público não têm que ser
reféns das audiências, mas sim condicionados pela exigência de qualidade. O certo, porém, é
que da diminuição das audiências resulta uma diminuição das receitas, consequência que
deveria impedir o Senhor Ministro de exibir tamanha tranquilidade com esta preocupante
temática.
X 2411 XII 1
2012-03-09
Abel
Baptista
(Assinatura)
Assinado de forma digital por Abel Baptista (Assinatura) DN:
email=abel.l.baptista@ar.parlam
ento.pt, c=PT, o=Assembleia da República, ou=GPPP, cn=Abel Baptista (Assinatura) Dados: 2012.03.09 11:35:45 Z
Medição de audiências pela Gfk
Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares
13 DE MARÇO DE 2012
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