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evidente que, tirando a cavilha e soltando a granada da mão, a pessoa tem 3

segundos para se pôr no abrigo, porque aquilo detona mesmo.

Na altura, pelo menos, as nossas, as granadas eram formadas como?

Eram constituídas por uma espoleta de PETN e por um corpo de explosivo,

que era TNT (trinitrotolueno), e os militares chamam-lhe trotil. Era facílimo,

bastava desroscar a cabeça da granada, fixá-la no bojo inferior do avião — e

esse avião, nessa zona, até dispõe de um suporte de antena em forma de

chifre, que servia perfeitamente para ocultar um objeto tão pouco volumoso

como este —, por baixo dos pés do piloto, fixada fortemente, com fita

adesiva, e ligar um fio de pesca à cavilha, que, por sua vez, estava ligada à

roda da frente do trem de aterragem. O avião levantava, o trem de aterragem

começava a recolher e, quando estivesse praticamente recolhido, a cavilha

da granada era tirada. Essa espoleta detonava e, ao detonar, fazia a ignição

da carga, da tal carga perturbadora, fumígena, etc., que estava ou que foi

colocada debaixo dos pés do piloto, entre a parte inferior da fuselagem e os

cabos de comando do aileron.

Essa carga poderia ter na sua composição um pouco de nitrocelulose

e de nitroglicerina, que são fáceis de obter, porque são constituintes do

gelamonite, um explosivo correntíssimo nas nossas pedreiras. Aliás, a

nitrocelulose e a nitroglicerina são os constituintes das chamadas pólvoras

de base dupla e estas encontramo-las num simples cartucho de uma G3, e

basta tirar-lhe a bala, o pó que sai de dentro do cartucho é uma base dupla,

onde está a tal nitrocelulose e a nitroglicerina. Se nesse artifício de fogo de

ignição, em vez de apenas a espoleta, o PETN, ficasse, por uma questão até

de segurança, um pouco do trotil, do TNT que envolve a cápsula, então, isso

explicaria facilmente também a presença do TNT nos vestígios de

explosivos.

1 DE JULHO DE 2015______________________________________________________________________________________________________________

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