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brisas do avião estar todo virado para fora. Ou seja, há um vestígio material

inequívoco de que houve uma sobrepressão dentro da cabine.

A Sr.ª Inês de Medeiros (PS): — Uma segunda explosão dentro da

cabine?

O Sr. Prof. Dr. Eng.º José Cavalheiro: — Não! Quando se deu esta

explosão, ela terá lançado um volume de gases para dentro da cabine que

provocou uma sobrepressão que foi calculada na ordem de 1 bar. Portanto,

mais uma atmosfera. E essa sobrepressão é perfeitamente compatível com a

deformação do rebordo metálico que prende a cabine, que está todo torcido

para fora. Salvo erro, foi o técnico que fez esse estudo, não foi?

O Sr. Prof. Eng.º Henrique Botelho de Miranda: — Foi, foi.

Não é bem torcido, está rasgado.

Repare: suponha que isto é o rebordo que prende a bolha do cockpit.

A bolha encaixa no rebordo, mas dentro da cabine gerou-se uma pressão e,

pelo estudo do técnico, foi uma pressão uniformemente distribuída, não foi

uma coisa pontual. Então, o que é que aconteceu? A bolha tendeu a inchar,

exerceu este trabalho, o de desencaixar, e o que nós vimos foi que os rebites,

que seguram o caixilho, atravessando o plástico e apertando do outro lado,

tinham rasgado o rebordo do caixilho. E foi esse esforço que nos diz que

dentro da cabine houve instantaneamente um aumento de pressão.

A Sr.ª Inês de Medeiros (PS): — É um incêndio que se alastra

imediatamente, até pela elevação das temperaturas. O que está a dizer é que

haveria morte instantânea?

II SÉRIE-B — NÚMERO 56______________________________________________________________________________________________________________

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