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2. CONSIDERAÇÕES GERAIS

2.1 Considerações gerais sobre o exercício de 2020

O ano de 2020 não pode ser analisado, seja qual for o domínio, sem ter em

consideração a pandemia de COVID19.

Desde o final do primeiro trimestre de 2020, a generalidade das questões

políticas, sociais, sanitárias, ambientais, económicas e empresariais tiveram

como pano de fundo a COVID19, declarada pela Organização Mundial de

Saúde como pandemia no dia 11 de março.

A pandemia da COVID-19 foi um choque exógeno que perturbou todas as

sociedades e as economias. A situação da saúde afetou de imediato a

economia em termos globais, europeus e nacionais. À situação de

confinamento, com quebra na produção e estrangulamentos logísticos,

seguiu-se a redução da procura por efeito da perda de rendimentos e do

clima de instabilidade económica e do mercado de trabalho.

Várias instituições reputam a crise como a perturbação económica global

com o impacto mais forte desde a Grande Depressão de 1929.

Dados do Inquérito às Condições de Vida e de Rendimento do INE revelam

que, em 2020, caíram na pobreza mais 230 mil pessoas, e a população pobre

ou em exclusão social ultrapassa os 2,3 milhões. Regista-se uma degradação

na generalidade dos indicadores respeitantes à incidência e intensidade da

pobreza, ao efeito conjugado da pobreza e da exclusão social, às

desigualdades na distribuição do rendimento e às consequências no

mercado de trabalho marcado pela elevada precariedade.

As estatísticas publicadas mostram que o impacto da crise decorrente da

epidemia COVID-19 no mercado de trabalho foi muito elevado. A taxa de

pobreza laboral agravou-se em 2020 (11,2%) e a taxa de pobreza dos

desempregados e das desempregadas, que tinha diminuído em 2019, voltou

a alcançar um valor extremamente elevado (46,5%). O valor da pobreza

16 DE JULHO DE 2022 ____________________________________________________________________________________________________________

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