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O processo tem início no dia 4 de janeiro de 2022.

Nesta data ocorre uma reunião, por teams, onde estão presentes MIH e Christine Ourmières-

Widener.

Na referida reunião Christine Ourmières-Widener transmite ao MIH a intenção de reorganizar a

composição da Comissão Executiva, redistribuindo pelouros e criando a posição de “Chief

Strategy Officer” (CSO).

Christine Ourmières-Widener afirma ainda que Alexandra Reis não tinha o perfil adequado para

a nova posição.

Nas palavras de Christine Ourmières-Widener: “Para ser mais específica: mostro uma

organização que estava a mostrar a criação de uma nova entidade e de um novo cargo chamado

Chief Strategy Officer para aumentar o foco no longo prazo e na transformação da empresa. E a

discussão que tive com o ministro é que o perfil de Alexandra Reis não era consistente com a

dimensão principal que foi atribuída a esta nova organização.”, e, ”A 4 de janeiro, quando tive a

discussão com o ministro, mencionei a mudança da organização e também o desalinhamento,

porque isso era bidimensional.”

Pedro Nuno Santos confirma que autorizou Christine Ourmières-Widener a substituir Alexandra

Reis e explica o porquê:

“O primeiro, o momento em que é dada a autorização à Eng.ª Christine para proceder à

substituição da Eng.ª Alexandra Reis. E nós, e mesmo na Comissão Parlamentar de Inquérito,

tem-se tentado perceber quais eram as incompatibilidades entre as duas. E esta é, para mim,

uma questão muito clara, enquanto Ministro que tutelava sectorialmente e que era responsável

pela indicação de quatro dos cinco membros da Comissão Executiva, entre eles a Alexandra Reis.

Era para mim fundamental, independentemente da opinião que eu, enquanto representante do

acionista ou da tutela setorial, tivesse sobre a Eng.ª Alexandra Reis, era importante, para mim,

ter uma Comissão Executiva coesa, coerente e na qual a CEO se revia na totalidade dos seus

membros. Isto, para mim, é evidente ainda hoje.

Nós não podemos ter uma Comissão Executiva em que a Presidente da Comissão Executiva, e

muito se falou aqui em pares, nós estamos a falar de uma Presidente da Comissão Executiva,

entendia que um dos membros da Comissão Executiva não cabiam na sua ideia de Comissão

Executiva dali para a frente. Esse é um direito que, na medida do possível, deve ser reconhecido

aos CEO, na medida do possível, e normalmente quando o acionista não é o único, quando há

mais do que um acionista, às vezes há equilíbrios que têm de se fazer na Comissão Executiva, e

nem sempre correm bem.

É fundamental haver coerência numa equipa que gere uma empresa, não estamos a falar de

uma empresa qualquer, estamos a falar de uma empresa que tinha quase 10 mil trabalhadores

ou já 10 mil trabalhadores, estamos a falar de uma empresa que faturava cerca de 3,5 mil

milhões de euros. A Comissão Executiva é um espaço onde tem de haver coerência, coesão e

liderança inquestionável. Aliás, o que foi reconhecido ao atual CEO da TAP, e bem, e eu

18 DE JULHO DE 2023______________________________________________________________________________________________________

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