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II SÉRIE-B — NÚMERO 33

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lazer era estimulado pelas coletividades então existentes.

À época, começavam a surgir múltiplos grupos musicais, folclóricos, excursionistas, de teatro, desportivos,

entre tantos outros, aos quais a população aderia.

A dado momento, foi necessário que alguém passasse a liderar os interesses das coletividades junto das

entidades oficiais. Então a figura de Américo Cardoso surgiu como o grande impulsionador das Coletividades

de Cultura, Recreio e Desporto do Distrito do Porto, percorrendo os bairros mais humildes não só da cidade do

Porto como os que se situavam nos concelhos limítrofes e que, pela ação da FDCP, passaram a ter uma

representatividade até aí inexistente junto das juntas de freguesia, das câmaras municipais, do Governador Civil

(à data) e do próprio Governo.

Foi a Federação das Coletividades do Distrito do Porto, em reunião com os representantes das coletividades,

que tomou a iniciativa de elaborar um plano de ação através do qual estas últimas pudessem mostrar os seus

talentos, criando, para isso, diversos eventos como, por exemplo a interação entre elas nas rusgas sanjoaninas,

representações teatrais, arraiais, desfiles carnavalescos e outros eventos de cariz popular.

A Federação das Coletividades do Distrito do Porto esteve na primeira linha de apoio e divulgação nas

campanhas que o Governo Civil do Porto (à data) e a Liga Portuguesa de Profilaxia Social promoveram em prol

de direitos de cidadania (então proibidos) como, por exemplo, o direito ao casamento das mulheres de algumas

classes profissionais, o problema das carquejeiras, do pé descalço (com a entrega de socas às populações mais

carenciadas de todo o País continental e ultramarino), o problema das ilhas insalubres do Porto, locais onde

pessoas viviam em condições muito degradantes.

Com o advento da democracia e a consagração do direito de associação, a Federação passou a desenvolver

uma ação mais adaptada aos tempos modernos, prestando um apoio inestimável às suas associadas, que

procuravam os serviços da Federação em busca de resposta para os seus problemas.

O movimento associativo viu desenvolverem-se comissões de moradores (mais tarde abrangidas pelo

estatuto jurídico de associações) e outras de defesa e tutela de interesses dos seus associados, bem como

assistiu e apoiou à legalização de todas aquelas associações cuja atividade era cerceada pelas restrições à

liberdade de associação, bem como àquelas cujo funcionamento e estrutura se tomaram obsoletos após as

modificações trazidas pelo 25 de Abril de 1974.

Hoje, a atividade da Federação das Coletividades do Distrito do Porto tornou-se num baluarte da defesa dos

direitos e interesses das coletividades do distrito, sejam elas associações de cultura, desporto, recreio ou

instituições de natureza social.

A Federação interessou-se sempre por acompanhar a evolução dos tempos e munir-se dos meios técnicos

e logísticos necessários à prossecução do seu fim principal de apoiar as suas associadas e disponibiliza a estas

uma panóplia de serviços essenciais ao funcionamento das coletividades.

A Federação das Coletividades do Distrito do Porto, através dos seus diversos departamentos, presta apoio

efetivo a um vasto universo de associadas do distrito, cuja atividade, por seu turno, se repercute nas condições

de acesso à cultura, ao desporto e ao recreio de inúmeros cidadãos.

Desde o apoio em áreas como a organização administrativa e financeira até à instrução dos pedidos de

declaração de utilidade pública, a Federação das Coletividades do Distrito do Porto oferece o seu apoio às

associadas, e afirma-se como a voz das associações do distrito junto dos poderes central e local, tendo

contribuído com os seus conhecimentos e experiência para melhorar as normas que regulam as associações.

Este voto de saudação serve para assinalar a efeméride e para reconhecer a dedicação dos seus órgãos

sociais e dos colaboradores, bem como a história da Federação das Coletividades do Distrito do Porto.

Reunida em sessão plenária, a Assembleia da República saúda a Federação das Coletividades do Distrito

do Porto pelo seu 80.º aniversário, incluindo nessa saudação todas as associações que a compõem, os seus

dirigentes, colaboradores e associados e todos aqueles que, direta ou indiretamente, no decurso destes 80 anos

contribuíram para o percurso desta importante federação.

Palácio de São Bento, 24 de setembro de 2024.

Os Deputados do PSD: Hugo Soares — Alberto Machado — Alexandre Poço — Pedro Neves de Sousa —

Pedro Roque — Ana Gabriela Cabilhas — Germana Rocha — Francisco Sousa Vieira — Miguel Guimarães —

Andreia Neto — Carla Barros — Francisco Covelinhas Lopes — Alberto Fonseca — Olga Freire — Ricardo

Araújo — Sofia Carreira — Paulo Cavaleiro — Silvério Regalado — Ângela Almeida — Salvador Malheiro —