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II SÉRIE-B — NÚMERO 33

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PROJETO DE VOTO N.º 334/XVI/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE PAULO PINHEIRO

Paulo Luís do Carmo Pinheiro, fundador e presidente do Conselho de Administração do Autódromo

Internacional do Algarve, faleceu no dia 10 de julho de 2024, aos 52 anos de idade. Natural de Portimão,

engenheiro mecânico e ex-piloto automobilístico, dedicou a sua vida ao desporto motorizado, uma paixão que o

levou a alcançar grandes feitos em nome do desporto português e da sua projeção internacional.

Em 2008, concretizou o sonho de inaugurar o Autódromo Internacional do Algarve, na sua cidade natal,

Portimão. Para além das suas conquistas desportivas, destacou-se pela sua visão empreendedora, colocando

o Algarve e Portugal no mapa das grandes competições internacionais. A sua persistência e dedicação elevaram

o Autódromo de Portimão a referência mundial, com provas como a Fórmula 1, MotoGP ou Superbikes. Ali

ocorreu a histórica e inesquecível vitória de Miguel Oliveira, em 2020.

Além disso, encontrava-se empenhado em tornar o Autódromo Internacional do Algarve o primeiro circuito

do mundo com neutralidade carbónica, através de uma comunidade energética alimentada por painéis solares.

Estava também envolvido no Parque Tecnológico Celerator, em colaboração com a Universidade do Algarve,

para promover a investigação e desenvolvimento na área das energias renováveis.

As suas qualidades humanas e profissionais deixaram uma marca profunda em todos aqueles que com ele

tiveram o privilégio de trabalhar. A sua perda é sentida não apenas pela sua família, amigos e colegas, mas

também por toda a comunidade do desporto motorizado, que lhe deve um contributo ímpar na afirmação do

Algarve e de Portugal.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu pesar pelo falecimento de

Paulo Pinheiro e apresenta as suas sentidas condolências à sua família e amigos, aos trabalhadores e

colaboradores do Autódromo Internacional do Algarve, à Federação de Motociclismo de Portugal e à Federação

Portuguesa de Automobilismo e Karting.

Assembleia da República, 25 de setembro de 2024.

O Presidente da Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, Miguel Santos.

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PROJETO DE VOTO N.º 335/XVI/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ROGÉRIO DE CARVALHO

No passado dia 21 de setembro, faleceu Rogério de Carvalho. Nascido em Gabela, Angola, iniciou a sua

carreira como aluno do Conservatório Nacional de Lisboa, atual Escola Superior de Teatro e Cinema, tendo aí

lecionado até 2007.

Dedicou a sua carreira de 60 anos no teatro ao teatro da palavra, trabalhando textos de dramaturgos como

Jean Genet, Bernard-Marie Koltès, Rainer Werner Fassbinder, Howard Barker, Eugene O’Neill e Anton

Tchekhov, sem esquecer clássicos como Molière e Gil Vicente, nem tão-pouco origens do drama, de Platão a

Eurípides. Breyten Breytenbach, Peter Handke, Arthur Schnitzler, Pierre de Marivaux foram outros dramaturgos

que trouxe para os palcos portugueses. Foram mais de 100 encenações.

Rogério de Carvalho foi distinguido com o Prémio Almada 2001 e com o Grande Prémio da Crítica em 2012,

por espetáculos que dirigiu para as companhias Ensemble e «As Boas Raparigas vão para o céu, as más para

todo o lado», projeto teatral de que foi diretor artístico, criado no seio de uma nova geração de criadores da

cidade do Porto.

Trabalhou com o Teatro Experimental de Cascais, a Companhia de Teatro de Almada, a Companhia de

Teatro de Braga, A Escola da Noite, As Boas Raparigas, o Cão Solteiro, o Ensemble, o Projeto Teatral, o Teatro