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9 | II Série C - Número: 003 | 2 de Outubro de 2006


Apostas para o futuro

Aproveitando os incentivos financeiros existentes à modernização do sector os esforços devem centrar-se nos seguintes aspectos:

— Aumentar o volume de produção própria de modo a substituir as importações Italianas de Janeiro a Maio através do aumento da área de pomares com boas produtividades de frutos de qualidade e com boa capacidade de conservação; — Valorizar o produto, associando-o às características positivas da região e tornando-o facilmente identificável junto do consumidor; — Aumento da capacidade técnica e profissional dos produtores através da formação profissional e de acções de acompanhamento; — Redução dos custos de produção através da aposta em pomares bem instalados e dimensionados e do recursos a novas tecnologias, tais como: novas formas de condução, racionalização de fertilizações, mondas, etc; — Opção por modos de produção não agressivos para o meio ambiente e atractivos para o consumidor, nomeadamente a produção integrada e a produção biológica. Notícias

A produção portuguesa de kiwis deverá crescer 12 por cento em 2005, relativamente a 2004, para 12 000 toneladas, depois de uma boa colheita com frutas de calibre superior, disse hoje à Agência Lusa a associação do sector.
Segundo Fernão Veloso, da direcção da Associação Portuguesa de Kiwicultores (APK), «este ano os kiwis vão ser maiores, devido à chegada mais tardia do tempo frio e chuvas, e de boa qualidade».
Desta forma, estimou, espera-se um aumento da procura interna.
A decorrer desde o início de Novembro, e neste momento em fase final, a colheita portuguesa de kiwis temse mantido estável nos últimos quatro anos, nas 10 000 toneladas.
Até agora muito voltados para o mercado interno, explicou Fernão Veloso, os produtores portugueses de kiwi têm necessariamente que se virar para o exterior, já que, segundo a APK, a produção começa a superar a procura.
De acordo com Fernão Veloso, nos últimos anos tem já sido feito algum esforço exportador, justificado quer pela maior qualidade da produção quer pela valorização superior do fruto nos mercados externos, em especial no Brasil, Espanha e Holanda.
Para o responsável da APK, o kiwi português apresenta como vantagens face aos seus principais concorrentes (Itália, China, Nova Zelândia, Chile, Irão, França e Grécia) «a doçura e o sabor», resultado da colheita tardia, perto da maturação fisiológica do fruto, apenas possível devido à ausência de geadas de Outono.
Adicionalmente, considerou, pela sua adaptação ao solo e clima, o kiwi português pode ser produzido sem aplicação de pesticidas.
As principais zonas produtoras do País são Entre o Douro e Minho e a Beira Litoral.
A Associação Portuguesa de Kiwicultores (APK) pondera a hipótese de processar judicialmente o Estado por falta de compromissos do Ministério da Agricultura no apoio aos jovens produtores de kiwi. Em causa, segundo José Martino, Presidente da APK, estão verbas aproximadas de 300 000 euros que, em 2005, estavam contempladas no plano de financiamento aos jovens empresários, no âmbito das medidas agroambientais à protecção integrada da cultura do kiwi. Num universo de 252 produtores associados da APK registaram-se 217 candidaturas, cujos promotores esperam, ainda, ajudas comunitárias à modernização dos seus projectos agrícolas.
Uma preocupação manifestada ontem, em Braga, por José Martino, na abertura do Congresso do Kiwi, inserido no programa da Agro, reclamando do Ministério da Agricultura o desbloqueamento das verbas orientadas para os investimentos já feitos à instalação de novos pomares, no que concerne a melhoramentos fundiários, plantação, rega e equipamentos. «Os jovens agricultores sentem-se desiludidos e a APK encontrase, presentemente, numa situação difícil e delicada, uma vez que tem despesas já assumidas na concretização de projectos empresarias», disse.
António Ramalho, Director Regional de Agricultura de Entre Douro e Minho, alegou, na oportunidade, a «falta de financiamento» do Estado no apoio aos produtores de kiwi, anunciando, por outro lado, que tais apoios ao sector «estão a ser objecto de análise» por parte do Ministério da Agricultura.

O Presidente da Subcomissão, Miguel Ginestal.

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