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98 | II Série C - Número: 029 | 20 de Julho de 2009

Tendo sido a energia hidroeléctrica e a energia da biomassa as principais fontes renováveis utilizadas em Portugal, existe uma atenção renovada sobre as potencialidades decorrentes da utilização da energia eólica e da energia solar.

Fazendo uma resenha sobre o “peso” das fontes ene rgéticas mencionadas, verifica-se que a produção hidroeléctrica representa em anos hidrológicos normais, cerca de um terço da produção total, sendo que além do Plano Nacional de Barragens, defendemos que se devem promover os projectos de mini e micro hídricas como reforço de instalações existentes, pois têm impactes ambientais e sociais reduzidos. O potencial total para este último tipo de projectos é estimado em cerca de 1 GW, sendo razoável considerar uma capacidade instalada de cerca de 400 a 500 MW até 2010. Refira-se ainda que relativamente às micro hídricas (abaixo de 10 MW), existe um enorme potencial de reduzido impacte ambiental, mas a custo elevado. Surge aqui uma enorme potencialidade para a recuperação de antigos moinhos de azenhas., contudo a valia essencial destes projectos deve ser a lúdica, educativa e só depois a económica.

Salienta-se que o desenvolvimento e a aplicação da energia hidroeléctrica configura uma contribuição positiva para o objectivo nacional em termos de limitação das emissões de gases com efeito de estufa e outras emissões atmosféricas nocivas (ex: NOx, SO2, etc.), assim como para o objectivo de redução da dependência energética.

Em relação à biomassa (matéria orgânica de origem vegetal ou animal) verifica-se a sua utilização, directamente através de combustão directa para aquecimento ou após transformações químicas ou biológicas de forma a aumentar o poder energético do biocombustível: gaseificação (conversão de biomassa num combustível gasoso e/ou líquido utilizado para aquecimento, co-geração ou em motores (transportes)), pirólise (conversão de biomassa num combustível gasoso utilizado directamente para aquecimento ou para produção de electricidade em co-geração) e digestão anaeróbica (conversão de biomassa em biogás utilizado para a geração de calor e/ou electricidade).

Sublinha-se que o incremento do uso energético da biomassa é também uma contribuição positiva no que respeita ao controle das emissões de gases com efeito de estufa e outras emissões atmosféricas, sendo que a tratamento dos resíduos e efluentes com aproveitamento do biogás pode trazer importantes benefícios, tais como: evitar a libertação de metano para a atmosfera (um dos gases responsáveis pelo efeito de estufa); produzir um fertilizante natural para a agricultura, substituindo desta forma os fertilizantes químicos, altamente consumidores de energia (note-se que cada kg de azoto de síntese na forma de fertilizante despendeu pelo