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¢ DE ABRIL DE 1990 225

este assunto €, ao mesmo; tempo, fui:depois prestador

de servicos — digamos assim —, a firma EUTA; foi

toda a minha intervengao: j :

O Sr. Presidente: oa Para. pedir estlarceintetites ao Sr. Engenheiro Almeida’ Henriques, tem a palavrao Sr. Deputado: Vieira de: Castro. ab: Sind

O Sr. Vieira de Castro (PSD): — Sr. Presidente, € apenas para perguntar so Sr. Engenheiro Almeida Hen- riques quem foi que adquiriu a°sua empresa mediadora o andar da Rua de Francisco’ Stromp..9 08" |

O Sr. Engenheiro Almeida Henriques: — A minha empresa imobilidria, a firma Arena, nao adquiriu o an- dar; ela limitou-se a servir de comissionista: tentava vender o andar e se pudesse ter algum ‘lucro, teria, é evidente! Quem vendeu o andar ao‘Sr:'Dr. Emanuel de Sousa — ele indicou depois ‘uma’ firma, nao foi pessoalmente — foi a firma BUTA. Nao €'bem a firma Alves Ribeiro, é uma firma que nao € conhecida e que se chama EUTA. Era esta firma a proprietaria do im6-

vel das Amoreiras e a EUTA’ verideu-o ao Dr. Ema- nuel de Sousa. Ja agora, se me permite, explico este pequeno pormenor: o Dr. Emanuel de Sousa, de quem sou amigo ha muitos anos, disse-me que queria com-

prar aquela casa mas que nao ‘era ‘para ele, era para um amigo, mas foi ele que, inclusivamente, passou o

cheque em seu nome para pagamento 4 EUTA. Mais

tarde, e pelo que vi nos jornais, verificou-se alguma

confuséo: a firma Alves Ribeiro,.ou seja, a firma

EUTA, teve necessidade de contabilizar e indicar e

saber quem era 0 verdadeiro comprador, visto que /o

Dr. Emanuel de Sousa nfo! ia escriturar a casa em nome dele (ele actuow como gestor de negdcios) €.0

Dr. Emanuel de Sousa, depois» da: minha insisténcia

— porque eu, ao fim e-ao-cabo, servia de pivot nestas

negociagées, o Vitor Ribeiro falava comigo, eu falava

com o Dr. Emanuel de Sousa, falava com o Sr. Minis-

tro — disse-me que j4 na@o era o amigo que ia com-

prar mas que era a firma ANRO e deu-me.as indica-

goes da firma, Transmiti ao. Sr.) Engenheiro. Vitor

Ribeiro o-nome da firma e ele contabilizou, tinha que indicar 0 nome)da firma para;efeitos de contabiliza- 40 e estava.a aproximar-se.o fecho do ano. E por isso

que aparece essa firma, que ainda nao fez a escritura

neste momento; sé desde Agosto ,é que estamos aptos

a que a firma Alves Ribeiro: possa,vender.a firma

ANRO essa fracgado, autonoma.

O Sr. Presidente: — Tema palavra a)Sr.*,Deputada

Odete Santos.

A Sr.* Odete Santos (PCP)? = Sr: Engenheiro, os

Seguintes pedidos de esclarecimento para ja. Primeiro,

em relacfio a essa questao da venda do andar do Lu-

miar pela Arena (nado: percebi bem), queria que escla-

recesse se foi, realmente, na’ primeira’ conversa que 0

Sr. Engenheiro perguntou ao Sr. Engenheiro Vitor Ri-

beiro se aceitaria uma permuta? Foi nessa altura que

0 Sr. Engenheiro Vitor Ribeiro pés como condicéo que

a casa do Lumiar fosse vendida novprazo de/120 ‘dias?

Esta é a primeira pergunta. 2 A segunda pergunta era a seguinte::em relagéo

. aos

contactos com-o Sr. Dr. Emanuel de Sousa, que penso

que foram sempre feitos pelo Sr. Engenheiro Almeida

Henriques, o Sr. Engenheiro Almeida Henriques comu- nicou ao Sr. Dr. Emanuel de Sousa que estava a agir como pertencendo a uma firma mediadora, a Arena? Era a Arena que estava a vender isso? Disse-lhe que era a EUTA, 0 Engenheiro Vitor Ribeiro que proce- dia A venda?. Como é que informou o Sr. Dr. Ema- nuel de Sousa acerca disso?

O tercéiro pedido de esclarecimento, para ja, era 0 seguinte. disse-me que teve nas maos o cheque do Sr. Dr. Emanuel de Sousa e eu perguntava-lhe se, quando'o Sr. Dr. Emanuel de Sousa entregou o che- que — talvez ‘se lembre —, ja estava nele escrito que era para pagamento 4 EUTA?

O outro pedido de esclarecimento € 0 seguinte: tem, por acaso;‘conhecimento sobre se o Sr. Ministro das Financas, antes de ir para o andar das Amoreiras, es- teve a proceder a obras no andar das Amoreiras?

A ultima questao — nfo sei se sabe, se depois teve intervencdo nessa fase, se nado — era a seguinte: o Sr. Ministro das Financas recebeu as chaves (nao sei quando, ja agora gostaria de conhecer a data concreta) das Amoreiras mais ou menos em que altura? Quando saiu.do Lumiar, sabe a quem foram entregues as cha- ves do Lumiar? Se é que efectivamente foram entre- gues antes da escritura, nao sei!

~ Eram estes os pedidos de esclarecimento, Sr. Presi-

dente.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra

o Sr. Eng.Almeida Henriques.

O Sr. Eng: Almeida Henriques: — A conversa que

tive com o engenheiro Vitor Ribeiro numa reuniao de

trabalho’ por outras raz6es, mas foi nessa reuniao que

isso’ 'se) passou, € evidente, ‘vou tentar referi-lo de

cor ... Mas a ideia que tenho é a seguinte: perguntei-

-lhe (isso tenho a certeza) se tinha um andar para ven-

der, “ele ‘disse’ que tinha’— como disse ha pouco —;

qual era’'o preco’ para mim — realmente perguntei-

-Ihe —) ele! disse-me que era igual ao anterior, disse-

-me o valor exacto; e depois quando (penso que nao

foi no mesmo dia) fui falar com o Sr. Ministro das

Finangas, foi:quando 0 Sr. Ministro me disse que nao

tinha possibilidades de comprar o andar, s6 entregando

o outro — nao sei se foi ele até que me disse, se fui

eu que sugeri, isso também nao posso precisar. Voltei

a falar com o Sr. Engenheiro Vitor Ribeiro, e parece-

-me que foi nessa altura que disse para quem era, nao

sei se disse no fim da reuniao ou se foi depois (tam-

bém julgo que nado € importante), e o Sr. Engenheiro

Vitor Ribeiro manifestou interesse em vender o andar.

Ficou indeciso porque, realmente, quando uma pessoa

vende e recebe outra coisa em troca, nao é tao vulgar

como vender logo e receber; todos os dias se passa isso,

nao tanto nas casas mas em relacdo a bens moveis. Por

exemplo, nos automéveis (e vendo automéveis), quem

me dera vender sempre automoveis e nao receber por

troca, mas infelizmente tenho de receber sempre troca,

e nao ganho nada em troca, ganho sé na venda. Nos

iméveis nao é tao vulgar, porque as pessoas também

nao mudam de. casa tao frequentemente. O que se passa

éique o Sr: Engenheiro Vitor Ribeiro disse-me: «Bem,

you vender o andar ... vamos ver», viu-se 0 preco

(por consenso), parece que até foi um pre¢o razoavel

— 11 500 contos ou 11 000, nao tenho bem presente —

e disse-me ele assim: «Bom, pelo que vejo provavel-