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226 Il SERIE — NUMERO 5-¢7

mente quero vender o andar, nao-vou ficar com oan: dar», e fui eu que realmente me iofereci, disse ao en- genheiro Vitor Ribeiro: «Tenho/ uma firma que trata disto, a func&o dela também €:compra e*venda de pro- priedades, tem essa fun¢ao imobiliaria, portanto; posso tentar» (isto dentro da 6ptica de persuasio da pessoa que estava a querer fazer o negécio) e disse: «Estou convicto de que vendo rapidamente esse andar», isso realmente disse-Ihe.E ele disse: «Entdo-esta bem ...»; e até me afirmou: «Nem quero’ ganhar:nadainesse an- dar, se me vender por 11 500. contos num prazo razoa- vel», dai-a um ano jou dois, n&o-sei-se-disse os 120 dias — no tenho isso presente —, mas disse-me «num prazo razoavel». Era légico, naoodisse que.eram: 11 500 contos sem ganhar e depois estivesse um ano ou: dois anos a espera que +...

Pausa,

Bem, a Sr.* Deputada fala nos. 120 dias. Penso que era razoavel que ele colocasse um prazo para dizer: «Permito que o senhor venda, mas ha‘um prazo, a nao ser que o valor depois fosse corrigido»; nado me lem- bro se houve mais conversa, mas isto passou-se, EB de tal maneira que a minha firma realmente nao vendeu téo rapidamente como se esperava, infelizmente, nao vendeu pelo preco que queria vender, pois acabou por colocar o andar a venda penso que por 13 ou 13'500 contos, e acabou por ter que reduzir para nado demo- rar mais tempo, penso que para-~o mesmo valor limite inferior que eram os 11'500 contos.2Portanto, relati= vamente aos 120 dias é 0 que se me oferece dizer so- bre © assunto, nao sei, se'se-_passou.mais alguma coisa, mas nao me lembro deimais nada. ;

Relativamente ao Dr. Emanuel de; Sousa, e,em-co-

tou. ..!2? Ndo foi?

O Sr. Presidente: — Sr.* Deputada Odete Santos tem a-palavra para explicar melhor os) pedidos de esclare- cimento que formulou ao Sr. Engenheiro Almeida Hen- riques.

A Sr.* Qdete Santos’ (PCP):!— Em >relacdo: ao Sr. Dr. Emanuel de Sousa, :a primeira questéo que’co: loquei foi se nos» contactos que teve-com ele alguma vez referiu quem € que estava a vender'o andar. Se fa- low na Arena, se falou na‘EUTA?

O Sr. Presidente: — Para responder, tema palavra o Sr. Engenheiro Almeida Henriques: :

O Sr. Almeida Henriques: — Se bem: me recordo; em Margo, quando tive’o'contacto com oDr. Emanuel de Sousa, nem sei se fui‘eu) que lhe referi, se foi ele que andava 4 procura do andar (também ndo ‘posso preci- sar se foi ele que disse*que andavaa procura de’um andar, se fui eu que lhe lembrei); porque’ no’ encontro que tive com ele nao estava’a tratar da venda'do an- dar, para isso’ tinha’os ‘servicos da empresa’ que°esta> vam a'vender o andar’ eu ndo vendia o andar..Mas, por acaso, proporcionou-se° falar’ desse andar ‘e’ disse que‘tinha um andar para vender» Tinha, na’ acepcao mais) lata’ que ‘haviacum andar para’ vender —e disse-lhe que era a Arena (porque ‘a: Arena apareceu a lume nesta situacdo) que possivelmente lhe vendia o andar. Nao lhe disse com certeza que era da BUTA;

porque nao sabia quem era a EUTA; para mim 0 ep, genheiro. Alves Ribeiro eraa firma EUTA que me & tava a vender os andares. Estou crente que lhe disse que o andar era ... dada a intimidade e a confiangg que tinha,e tenho, com o Sr. Dr. Emanuel de Sousa, com certeza que nao lhe ia ocultar, portanto provayel. mente disse-lhe que a proprietdria era a firma Alves Ribeiro. Se fosse outra pessoa — um estranho —, Pos. sivelmente nem, lhe diria (0 segredo é:a alma do negé. cio), era.a Arena que estava a vender, e diria que o andar erada Arena. E ela é que estava a negociar, por. tanto, nao tinha que indicar naquela altura o nome do vendedor, a nao ser depois quando fosse para se fazer a escritura. Mas, sinceramente, nao sei se referi ou nao, mais, tarde com certeza que ele soube, porque foi yer 0 andar, infelizmente as obras que se fizeram (ja. va. mos falar nisso) na casa das Amoreiras demoraram muitissimo. tempo eo Sr,.Ministro ndo.péde sair da Rua de Francisco Stromp.atempadamente, e, portanto, quando o Sr. Dr. Emanuel de Sousa foi ver o andar ainda 14 estava realmente o Sr, Ministro. E foi ai que ele se apercebeu, se ¢ que ndo.lhe disse, que ainda | viviay oSr.Ministro,Pelo: que se lhe. disse que eraa firma Alves Ribeiro na altura que lhe fez o negocio e:se falei sé. na Arena nao o posso.afirmar, todavia estou crente que o Dr.:Emanuel de Sousa, pelas.con- versas: questeve comigo ¢ da intimidade que tinha,, sa- bia: que o andarnao era:da Arena. A Arena tinha uma fung&o. intermedidria:pura e:simplesmente. Pelo que penso que respondi a questéo que me colocou.

Relativamente ao cheque, via imprensa e admirei- «me quando disseram» que tinha endossado’ um che: ques... “nado me lembrava realmente. O cheque era pas- sado: pelo: Dr. Emanuel de Sousa a firma‘’RUTA; mas pelo sim pelo nao’ (digo-o'sinceramente) a minha pri- meira reaccdo ‘foi endossar°o cheque. O cheque nao foi para‘mim, foi-o-indirectamente; mas fui ver realmente o cheque (tenho-uma fotocdpia do cheque° que’ ficou 14 na sociedade) ¢ ‘verifiquei que’o’ chequé era’ do Sr.°Dr. Emanuel de Sousa em'nome pessoal, estava as- sinado por ele »€ estava depois’ escrito’ «BUTA® + reconheci'a’minha letra —, fui eu que'pus «BUTA, Li“; salvo erro, que ld estd escrito: “A explicacao' € muito simples: o Dr. Emanuel’ de Sousa’ entregou-me o cheque porque realmente era eu’ que estava a tratar do assunto. Provavelmenté sé tivesse venidido’ o/ andar mais caro tinha depositado'o cheque na ‘firma ‘Arena €'s6 pagava ‘ao engenheiro Vitor Ribeiro’6s 11 500 con- tos, mas infelizmente o cheque era’ exactamente de va- lor igual, limitei-me (nao sei se na presenca do Dr. Emanuel de ‘Sousa; se n&o)-a endossar“o. cheque a quem realmente era o destinatario. E pronto, foi isto © que se passou. O cheque passou pelas minhas m4os, eu é que entreguei o cheque, e depois dai) nao sei 0 que: se’ passou.

Relativamente as obras: das Amoreiras, conheco per- feitamente o processo porque foi na altura em que se fez 0 contrato-promessa de'compra e venda’e permuta: Fui ver o andar:com o Sr. Ministro, fui ver-o-andar com ‘a'senhora do: Sr. Ministro, estivemos aver como é que /estavaa andar: Se estava em condigGes; sé tinha uns ‘defeitos, ‘se tinha umas pinturas para fazer; etc., e o Sr. Engenheiro Vitor Ribeiro: prontificou-se a re parar. Estava inclusivamente a pintar umas coisas que estavam mal; uma instalacdo eléctrica também nao es- tava‘em condigdes e eu, ‘com a minha formacdo pro-

ae