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3 | - Número: 016 | 2 de Fevereiro de 2008

Ainda nesta reunião foi apresentada a candidatura do Mónaco para receber a próxima sessão plenária que terá lugar em Novembro de 2008. Foi também anunciada a criação de uma «Carta da APM» e de um documento estratégico que defina a actuação da organização para os próximos anos, estes documentos serão debatidos em sessão plenária. Por fim, o Sr. Rudy Salles informou que o mandato do actual Presidente da APM, Sr. Abdelwahed Radi, terminará no próximo ano. De acordo com a estratégia de rotatividade o Grupo Geopolítico do Norte deverá apresentar uma candidatura.
A Sr.ª Elissavet Papadimitriou, Chefe da Delegação grega e Vice-Presidente do Parlamento da Grécia, considerou que um bom candidato à presidência da APM seria o Sr. Rudy Salles. De seguida outros parlamentares defenderam esta proposta que obteve o apoio unânime dos presentes.
No final do primeiro dia de trabalhos as delegações parlamentares dirigiram-se ao Palácio Spinola onde assistiram à assinatura do Acordo de Sede pelo Vice-Primeiro Ministro e Ministro da Justiça e dos Assuntos Internos de Malta, Sr. Tonio Borg, e pelo Presidente da APM. Posteriormente, a sede da APM foi oficialmente inaugurada pelo Presidente da República de Malta, Sr. Edward Fenech Adami.
O segundo dia de trabalhos teve início com a aprovação da Ordem do Dia à qual se seguiu uma intervenção do Secretário-Geral da APM, Sr. Sergio Piazzi, sobre as responsabilidades e actividades do secretariado da organização. Como complemento às informações prestadas foi distribuído um organigrama da APM e outro do secretariado que detalha a forma como este está organizado e pormenoriza as suas funções.
Os trabalhos prosseguiram com uma reflexão do Presidente da APM sobre o working paper distribuído aos participantes na sessão plenária. Este documento tem como objectivo definir uma orientação estratégica e um plano de acção da APM para o período 2008-2012 (anexo IV) e tem como lema «construir sobre o património comum do Mediterrâneo».
O Presidente da APM referiu que a União Europeia (UE) poderá servir de inspiração à APM e lembrou que a Europa embora tenha sido palco de muitas divisões conseguiu, após a II Guerra Mundial, desenvolver laços de união que lhe permitiram viver em harmonia. A Europa, como um todo, tornou-se uma realidade; o seu objectivo primeiro de instalação da paz foi alcançado e permitiu-lhe desenvolver um elevado grau de prosperidade, projectando-se no mundo. Na região do Mediterrâneo coexiste uma grande diversidade, no entanto, o princípio que se pretende promover é o da complementaridade. Antes de terminar a sua intervenção, o Presidente da APM reforçou a necessidade de ambas as margens do Mediterrâneo viverem em paz e alcançarem a prosperidade em conjunto e neste contexto fez referência à recente declaração do Presidente Sarkozy sobre a criação de uma União do Mediterrâneo. Considerou que este poderá ser o século da construção de uma comunidade mediterrânica, que conduzirá à verdadeira cooperação euro-mediterrânica.
Finalizou reforçando que o papel dos parlamentares é necessário e indispensável nesta matéria mas tem limites que apenas poderão ser ultrapassados pelos governos enquanto órgãos executivos.
Após esta intervenção, deu-se início ao debate, do qual se destacam os seguintes tópicos:

— É importante defender a cultura mediterrânica num mundo onde a globalização está cada vez mais presente; — A cultura mediterrânica deverá ser encarada enquanto língua e costumes mas também enquanto religião e princípios de conduta; — Deve promover-se uma verdadeira diplomacia parlamentar, com ideias concretas e propostas de acção que conduzirão a uma diplomacia participativa onde a sociedade civil também terá uma palavra a dizer; — A prioridade deve ser a consolidação do que une os Estados mediterrânicos e depois avançar para os problemas que os atingem, mais do que os relatórios são importantes as acções; — Um dos maiores desafios para estes Estados é a integração económica, paralelamente ao diálogo entre culturas deverá promover-se a cooperação económica, pois são ambas áreas essenciais; — As questões ambientais e as alterações climáticas devem igualmente figurar entre as preocupações dos membros da APM.

De seguida, e no âmbito do trabalho desenvolvido pelas três Comissões Permanentes na reunião de Março passado em Genebra, foram apresentadas as respectivas resoluções as quais foram aprovadas pelas delegações reunidas em plenário.