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4 | - Número: 030 | 24 de Maio de 2008

Como conclusão, o Professor Scoulos declarou que é essencial que estas matérias sejam tratadas simultaneamente em diversos níveis: sociedade civil, governos, parlamentares, comunidade científica.
Antes de encerrar os trabalhos do primeiro dia o Secretário-Geral passou a palavra ao Sr. Learco Saporito (Itália). Este considerou que cabe à governação ocupar-se de temas como a energia, alterações climáticas e o ambiente, até porque, segundo ele, a área mediterrânica será a área mais próxima do desastre. Defendeu que os membros da APM devem aproveitar este organismo para partilhar as suas experiências, analisarem o que já está feito e pensarem no que poderão fazer. Concluiu transmitindo a ideia de que as necessidades dos países da zona mediterrânica passam pela energia, pelo turismo e pelo desenvolvimento sustentável e que é importante identificar as diferentes realidades, avaliar os instrumentos existentes e promover as soluções/meios para atingir os objectivos definidos.
O segundo dia de trabalhos teve início com uma intervenção do Sr. Mohamed Abou El-Enein (Egipto), VicePresidente da APM, que começou por afirmar que, ultimamente, todos os países têm sido alertados para estas matérias do ambiente e da energia e as mesmas devem ser abordadas de forma integrada. De seguida, mencionou que o aumento do preço do petróleo e o aumento da procura do gás natural poderiam promover a procura das energias alternativas, no entanto, os seus custos de produção são demasiado elevados e nos países do sul do Mediterrâneo não existem incentivos para a sua produção ou utilização, para além de que a instabilidade nesta região também dificulta o seu estabelecimento.
Para o Sr. El-Enein, é necessária uma nova revolução científica, à escala global, em defesa do ambiente.
Mas quem deverá investir nestas iniciativas? O Governo? As entidades privadas? As instituições científicas? Neste âmbito, de acordo com o representante da delegação do Egipto, os países do norte do Mediterrâneo que já possuem algum know-how nestas matérias deverão colaborar com os países do Sul, no entanto, os papéis de cada um devem ser definidos à partida, assim como os mecanismos a introduzir nos respectivos planos nacionais. Por fim, encerrou a sua apresentação defendendo a redução do consumo de energia e a cooperação e a criação de redes que permitam a definição do enquadramento legal e a implementação de políticas que encorajem o investimento e a produção de electricidade através de energias renováveis.
Conforme a agenda da reunião, o Secretário Geral da APM agradeceu a intervenção inicial do Sr. El-Enein, que passou a presidir à reunião, e passou a palavra ao Sr. Deputado José Junqueiro, Presidente da delegação da Assembleia da República à APM e relator do Grupo Especial de Trabalho sobre a Energia.
Neste âmbito, o Sr. Deputado José Junqueiro proferiu a seguinte intervenção: «Ontem, a Sr.ª Papadimitriou, Vice-Presidente da APM e nossa anfitriã, fez uma importante e realística apresentação sobre alterações climáticas.
Nessa apresentação destacou números e exemplos concretos e, desenvolvendo uma abordagem global, apresentou-nos uma realidade dramática que, tal como ela referiu, necessita de uma actuação urgente antes de atingir um ponto de não retorno.
No mesmo sentido, o Sr. Paul Mifsud também nos mostrou, de uma forma muito clara, as consequências das alterações climáticas nos recursos hídricos, no ecossistema costeiro e marinho, nas florestas, na agricultura e no turismo costeiro. Ele alertou-nos igualmente para o insuficiente encorajamento na produção de fontes de energia renováveis apesar do significativo potencial (eólico e solar) da região do Mediterrâneo.
Ainda neste contexto, o Professor Michael Scoulos apontou algumas medidas concretas que deveriam se adoptadas: da reflorestação até à energia geotermal passando pela reestruturação das culturas agrícolas.
Assim, na minha opinião, a sustentação do crescimento económico de qualquer região requer um abastecimento contínuo e crescente de energia. Esta é um factor de bem-estar, de segurança nacional e de poder internacional.
A energia tornou-se um tema incontornável nas relações entre os países do Mediterrâneo. A problemática dos recursos energéticos e da sua segurança tornou-se numa área chave da estratégia mediterrânica.
Reportando aos documentos distribuídos pelo secretariado da APM («Mediterranean strategic issues in the Energy Field» da Channel Oil; e «Challenges and opportunities for stronger cooperation between the EU and southrn neighbors», um extracto da Conferência de Wilton Park), podemos identificar alguns elementos chave:

— Segurança energética, ou também designada, segurança do abastecimento; — Parceria e cooperação; — Prosperidade económica;