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4 | - Número: 006 | 8 de Novembro de 2008

que o seu nome fosse retirado do referido relatório visto considerar que o conteúdo não reflectia a ―sua‖ realidade. Para ele seria essencial incluir situações que denominou como terrorismo de organizações e terrorismo de Estado e exemplificou indicando os bloqueios a Gaza, a Cuba e outras acções desenvolvidas pelos EUA. Logo de seguida, a Sr.ª Papadimitriou (Grécia) pediu a palavra para defender a seriedade do relatório e enfatizar que a APM deve falar e escrever de acordo com as convenções dos organismos internacionais. A título de exemplo referiu que as Nações Unidas definem terrorismo de estado como aquele que é praticado por um ditador contra o seu próprio povo e, por isso, não se aplica a Israel, como afirmou o Sr.
Quba’a (Palestina).
Perante estas declarações instalou-se um debate muito intenso onde participaram a maioria das delegações presentes. Muitas elogiaram o relatório e a coragem da sua autora, nomeadamente sobre a referência às motivações do terrorismo, e defenderam que o documento apresentado poderia ser aprovado enquanto relatório preliminar, ou seja, como base de trabalho de um documento final. Tendo em consideração que existem diversas concepções sobre esta matéria, o Presidente da Comissão e o Secretário-Geral da APM apresentaram a hipótese de ser criado um comité de redacção para a elaboração de um relatório final, sendo que o comité incluiria para além da Sr.ª A. Asan, membros das delegações da Palestina, Jordânia, Líbano, Chipre, Grécia, França e Portugal. Esta proposta reuniu o apoio geral dos participantes. De referir aqui que a eventual participação da delegação portuguesa surge na medida em que a Sr.ª A. Asan fez um convite directamente a esta delegação, por intermédio da Sr.ª Sónia Sanfona, para participar no referido comité de redacção devido à forma como a representante da delegação de Portugal apresentou o seu relatório sobre o diálogo entre religiões, no qual conseguiu dirimir conflitos e conciliar posições.
De seguida, e ainda no âmbito da apresentação, discussão e adopção dos relatórios e propostas de resolução, o Presidente da I Comissão deu a palavra ao Sr. Milan Cvikl (Eslovénia) para apresentação do tema «Comércio Livre no Mediterrâneo». Esta apresentação deveria ter lugar na reunião da II Comissão mas por questões de agenda pessoal o Sr. M. Cvikl solicitou que a discussão do seu relatório ocorresse neste dia.
De acordo com a sua análise, os países do Mediterrâneo reflectem realidades diferentes sendo possível distinguir os países da União Europeia, os países dos Balcãs e os do sul do Mediterrâneo. A questão da livre circulação de pessoas e bens, das fronteiras e dos vistos foram alguns dos pontos destacados na apresentação do relatório e no debate que se seguiu.
Antes de encerrar a reunião o Presidente da I Comissão fez um resumo dos trabalhos do dia onde confirmou que todos os relatórios e propostas de resolução apresentados foram aprovados por unanimidade salvaguardando que o relatório sobre o terrorismo foi considerado como relatório preliminar. Informou ainda que estes documentos serão apresentados na próxima reunião plenária da APM que decorrerá de 13 a 15 de Novembro no Mónaco, por fim encerrou os trabalhos.
No final do dia todos os membros das delegações presentes foram convidados para participar numa recepção que teve lugar no Palazzo Spinola, sede da APM, na qual o Sr. Deputado José Junqueiro, em representação da APM, apresentou ao Presidente da Câmara do Representantes de Malta, Louis Galea, o prémio que foi atribuído à APM e a Malta no decorrer do 10.º Simposium Internacional da Água que decorreu em Cannes, em Junho deste ano. O Sr. Deputado José Junqueiro dirigiu algumas palavras ao Presidente do Parlamento de Malta e aos membros das delegações da APM presentes:

Sr. Presidente, Caros Colegas,

No decorrer do 10.º Simposium Internacional da Água, em Cannes, em Junho passado, um júri internacional decidiu distinguir a República de Malta e a Assembleia Parlamentar do Mediterrâneo com uma importante distinção.
Como representante da Assembleia Parlamentar do Mediterrâneo tive o privilégio de receber o prémio.
Esta atribuição tem uma enorme importância para todos nós, países do Mediterrâneo.
Reconhece o significado do trabalho que tem sido construído em conjunto, defendendo e promovendo a região mediterrânica e o interesse e apoio estratégico consagrado pela República de Malta, país sede da Assembleia Parlamentar do Mediterrâneo.
É uma honra para mim estar aqui a apresentar-lhe este prémio, o qual motiva-nos a dar continuidade às nossas actividades.