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7 | - Número: 006 | 8 de Novembro de 2008

A seguir foi a vez do segundo convidado, o Presidente da Entidade Reguladora da Electricidade e do Gás, Sr. Alessandro Ortis. Na sua intervenção referiu essencialmente a harmonização do mercado, a sua regulamentação e a promoção da integração dos mercados, concluindo com a defesa de um mercado energético mediterrânico mais estável.
Depois das intervenções dos oradores convidados o Presidente da III Comissão passou ao ponto seguinte da agenda relativo à apresentação, discussão e adopção de relatórios e propostas de resolução. O primeiro relatório e respectiva proposta de resolução foram apresentados pela Sr.ª Deputada Sónia Sanfona enquanto relatora do tema «liberdade religiosa e diálogo entre culturas e civilizações».
A Sr.ª Deputada Sónia Sanfona começou por fazer uma análise da pluralidade existente na região mediterrânica. As populações continuam sem conhecer as suas diferenças e semelhanças, por exemplo não existe a percepção da forma como cada um dos países mediterrânicos lida com a questão da liberdade religiosa. Grandes organizações são construídas através de pequenos passos e este princípio, referiu a relatora, está espelhado na proposta de resolução. As dificuldades devem ser encaradas com determinação e o importante é o apontar de caminhos firmes que sejam percorridos em conjunto. Uma das propostas referidas na resolução é a aposta nos mais jovens para desde logo começarem a ter uma noção da multiplicidade existente na região mediterrânica. A concretização desta ideia poderá passar pela criação, no âmbito da APM, de uma Assembleia dos Jovens, uma Universidade de Verão, um prémio ou bolsa da APM para estudantes que pretendam investigar sobre as actividades desta Assembleia Parlamentar.
O Presidente da III Comissão agradeceu a forma concisa como a Sr.ª Deputada Sónia Sanfona apresentou o relatório e também reconheceu o mérito das propostas apresentadas na resolução pelo facto de constituírem um primeiro passo que conduza à compreensão da diversidade pois, segundo o Presidente desta Comissão, as diferenças devem enriquecer-nos.
No debate que se seguiu usaram da palavra os representantes das seguintes delegações:

— Palestina – os valores base de cada religião são iguais, tais como os da justiça e os da tolerância pelos direitos dos outros. O verdadeiro problema é quando a religião é politizada ou utilizada pela agenda política.
— Turquia – o relatório está muito bem organizado assim como a resolução; a questão dos jovens e o alerta para os professores são propostas muito importantes e uma boa forma dar o primeiro passo para a divulgação destas questões.
— Líbia – a questão dos media é um tem premente pois por vezes muito dos problemas existentes são promovidos por eles.
— Tunísia – depois do 11 de Setembro os media iniciaram a diferenciação entre o Islão e as outras religiões fazendo-o de forma menos correcta. A Tunísia está disponível para apoiar as acções destinadas a promover o diálogo de civilizações, está aberta à modernidade e aos valores universais, nomeadamente através do Centro de Investigação e de Estudos da Civilização e da Religião.
— Chipre – congratulou a colega que apresentou o relatório pelo trabalho que desenvolveu e destacou a questão do envolvimento das gerações mais novas considerando-a como uma das mais importantes mensagens a ser transmitida. Evidenciou ainda que não existem religiões más, há sim más intenções e más pessoas, e o que verdadeiramente existe é uma grande interdependência entre a civilização europeia e a civilização árabe.
— Marrocos – aconselhou que se alterasse o título de «diálogo entre civilizações» para «diálogo de civilizações» pois a forma inicial sugere um conflito latente. Uma outra sugestão é o estabelecimento de protocolos com Universidades.
— França – a aposta nos jovens e nos media é muito importante, são duas actuações que pressupõem o princípio de primeiro conhecer o outro.

Encerrando o debate, teve a palavra a Sr.ª Deputada Sónia Sanfona que concordou com as propostas apresentadas e reforçou a necessidade de se conciliarem acções que formem os mais novos abrindo os horizontes do diálogo religioso aos homens de amanhã. Referiu ainda que não devemos criticar ou julgar os outros mas sim respeitar as diferenças e apontar caminhos comuns. Possuímos uma história e uma cultura tão ricas que deverão ser pensadas em conjunto e assim enriquecermo-nos mutuamente. O documento apresentado não é um documento fechado pois aquilo que pretende é apontar caminhos destacando-se o que existir de positivo entre os povos. Concluiu dizendo que a ideia de estabelecer protocolos com as