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5 | - Número: 035 | 20 de Junho de 2009

apresentar o seu relatório e proposta de resolução sobre o tema ―Construir uma cultura baseada no diálogo‖, estes documentos serão colocados à votação na próxima reunião das Comissões Permanentes da APM que terá lugar em Junho próximo, em Lisboa. Na sua intervenção a Sr.ª Deputada Sónia Sanfona (PS) destacou o «Programa de Fez» como um o início de um caminho que este Grupo Especial de trabalho tem de percorrer.
Referiu que o tema da celebração do Dia do Mediterrâneo este ano, «Partilha de Valores – Partilha de Aspirações», é de um grande simbolismo e informou que o Parlamento português incluiu na sua agenda a organização de uma Conferência, para a qual convidou o Corpo Diplomático acreditado em Lisboa, com vista a promover o debate sobre as questões mediterrânicas. Indicou alguns itens do seu relatório entre os quais: colaboração com órgãos regionais e internacionais; diálogo intercultural como meio de abordagem à diversidade cultural; troca de informações para promover o conhecimento mútuo; diplomacia interparlamentar; e educação. Concluiu salientando o facto de os membros da APM estarem a trabalhar, partilhando os seus objectivos, e desenvolvendo actividades locais. Por fim sugeriu a elaboração de uma espécie de Carta de Compromisso, a ser assinada entre os membros da APM, na qual seria assumido o acordo de promoverem o tema do diálogo intercultural e inter-religioso e desenvolverem acções para as quais poderiam obter parcerias junto dos respectivos governos, sociedade civil e organizações não governamentais.
Após esta primeira apresentação, o Sr. M. Titna (Marrocos) agradeceu o trabalho que a relatora realizou e assumiu, enquanto Presidente da III Comissão Permanente, o compromisso de avançar com acções concretas que conduzam à aproximação entre os povos e ao conhecimento mútuo. Depois, deu a palavra ao SecretárioGeral da APM, Sergio Piazzi, para ler uma mensagem do Chefe Rabino de Roma, Dr. Riccardo Di Segni, que não podendo estar presente expressou o seu desejo de bom trabalho aos membros da APM presentes nesta reunião. De seguida, a palavra foi dada ao Reverendo Bernard Ardura, Secretário do Conselho Pontifício para a Cultura, de Roma. Na sua intervenção referiu que o diálogo é um desafio e um objectivo para a paz e prosperidade. Defendeu que o património comum que caracteriza os povos do Mediterrâneo é essencial para a construção de uma verdadeira cultura de paz e coabitação solidária e destacou diversos pontos essenciais de análise: o desafio do diálogo, o diálogo enraizado de valores morais, uma educação baseada no diálogo para integrar as diferenças e o diálogo como um desafio no futuro do Mediterrâneo.
Após esta intervenção o foi dada a palavra ao Sr. Abdelhak Azzouzi, Presidente do Centro Interdisciplinar Marroquino para os Estudos Estratégicos e Internacionais, que começou por aplaudir o facto de esta reunião associar parlamentares, religiosos e académicos para partilharem os seus conhecimentos e as suas opiniões.
Considerou que embora hoje se viva no chamado mundo global ainda existe a ignorância do outro, por um lado, e por outro a identidade cultural é o que permite a cada um identificar-se como um grupo do qual se sente parte. Referiu que há necessidade de convergência de ideias e convicções para que se alcance o diálogo civilizacional, o qual deve ser global e incluir um conjunto de participantes diferenciados. No entanto, disse, existem obstáculos como a tentativa de domínio e o estabelecimento de regras parciais, a alienação de valores e a supremacia de alguns países no que se refere à imposição dos seus próprios valores. A questão que colocou foi, como garantir a harmonia entre o antigo e o moderno? Concluiu defendendo que não será encorajando a existência da ignorância mas sim partilhando conhecimentos, experiências e apostando nos jovens.
Com o final das apresentações iniciou-se o debate que foi moderado pela Sr.ª Deputada Sónia Sanfona (PS) e no qual intervieram representantes das Delegações de Jordânia, Palestina, França, Eslovénia, Marrocos, Chipre, Grécia e Sérvia. Dos comentários emitidos refira-se: a política não deve provocar a religião e a religião não deve provocar a política sendo que hoje não há tempo para confrontações religiosas até porque a nossa riqueza cultural é inestimável, deve ser defendida e não ser ela um factor de diferenciação ou de confronto; a tolerância, o respeito mútuo e a igualdade de oportunidades são áreas que deveriam constar dos programas escolares como forma de construir pontes que garantam uma sociedade livre de racismo e xenofobia; a religião caracteriza um país, um povo ou uma nação pelo que deverá ser amplamente debatida de forma a promover a tolerância e o diálogo intercultural e inter-religioso. No final do debate a Sr.ª Deputada Sónia Sanfona (PS) agradeceu as intervenções e os contributos de todos, destacou que um dos lemas