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10 | - Número: 011 | 30 de Janeiro de 2010

Claro que todos estes factores se traduziram numa taxa elevadíssima de abstenção. Esta não é uma realidade nacional nossa, dado que essa mesma taxa de abstenção elevada verificou-se nos outros países membros da União Europeia. Ora, quando se fala na evolução da opinião pública em relação a este problema concreto da adesão de novos membros, e ao sentimento de segurança, eu penso que é importante avaliar também a evolução da opinião pública em relação à própria Europa, dentro dos Estados que são membros dela.
A Europa, neste momento, está dominada pelo medo: medo da crise, medo das catástrofes naturais, medo do terrorismo, medos até identitários que penso que não avaliámos suficientemente; e que, por isso, temos desagradáveis surpresas, como o recente referendo na Suíça. E este medo traduz-se na avaliação da abertura dos membros da União Europeia aos novos Estados-membros.
Para a avaliação da evolução da opinião pública, penso que é importante fazer a distinção, em termos de segurança, entre a opinião pública dos actuais membros da União Europeia, e os candidatos: não são as mesmas questões que se põem, não são os mesmos desafios. E sem este trabalho profundo de comunicação, que está, aliás, no terceiro ponto das recomendações do relatório, não é possível fazer evoluir a Europa no sentido em que penso que nós todos, aqui presentes, desejamos: uma Europa aberta, uma Europa que defende valores de solidariedade e de humanidade.
É importante não esquecer que os medos irracionais são por vezes mais fortes do que as ameaças reais.
Estou numa Assembleia que se ocupa de segurança, e acho que é importante ter em conta que há medos reais, e há medos irracionais. E, se é um trabalho a fazer junto das opiniões públicas dos países candidatos, penso que é hoje uma prioridade absoluta fazer também esse mesmo trabalho nos nossos países, nos países que já são membros de pleno direito da União Europeia.
O alargamento da Europa, para alguns dos seus membros é, por um lado, demasiado longe, como é o caso dos países do oeste europeu; ou demasiado perto, como é o caso dos países da Europa central e de leste. E essa distância, ou cria desinteresse, ou gera apreensões.
Quero saudar o trabalho exposto pelos relatores neste texto; penso, no entanto, que as recomendações devem ser mais arrojadas, em termos de um esforço cada vez mais importante, mais forte, e até sem medo de ser pedagógico junto das todas as nossas opiniões públicas. Sem isso, a Europa não pode evoluir no sentido que nós desejamos.»

No final do debate, a Recomendação 850 foi aprovada com emendas, e a Recomendação 851 foi aprovada por unanimidade.
A 57.ª Sessão Plenária da AESD-AUEO foi encerrada às 12h15 de dia 3 de Dezembro. A 58.ª Sessão Plenária da AESD-AUEO foi agendada para os dias 15 a 17 de Junho de 2010.

HOMENAGEM AOS ANTIGOS MEMBROS DA ASSEMBLEIA No final dos trabalhos de dia 2 de Dezembro, teve lugar, na Sala Hypostyle do Palais D’Iéna uma cerimónia de homenagem aos antigos membros da Assembleia, cuja participação cessou na 57.ª Sessão. Foram homenageados pelo Presidente da AESD-AUEO, Sr. Robert Walter, com o título de Membro Honorário da Assembleia, os antigos membros da Delegação Portuguesa Dr. Alberto Martins, Ministro da Justiça do XVIII Governo Constitucional, e Deputado José Luís Arnaut, Presidente da Comissão de Defesa Nacional da Assembleia da República na XI Legislatura.
O Sr. Deputado Mota Amaral, Vice-Presidente da Delegação Portuguesa, recebeu o Diploma de Membro Honorário em nome do Sr. Ministro Alberto Martins.

REUNIÕES DAS COMISSÕES E DOS GRUPOS POLÍTICOS As diversas Comissões e os vários grupos políticos da AUEO reuniram ao longo da Sessão.