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6 DE DEZEMBRO DE 2014

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O tema que hoje aqui discutimos centra-se nas relações comerciais.

O comércio externo é hoje essencial a todas as economias. Não existe desenvolvimento, crescimento

económico, prosperidade sem que existam relações comerciais com o exterior.

Na verdade, uma economia fechada ao exterior e que se possa denominar de “funcional” existe apenas nos

livros académicos dos primeiros anos da universidade.

Sempre que, por simplificação, os agentes económicos se restringem às famílias, às empresas e ao

Estado.

Apenas nestes exemplos académicos a relação com o “Exterior” é retirada da equação.

A bem da verdade, e para que tal não seja esquecido, esta situação, infelizmente, existe ainda em um ou

outro país do Mundo.

O comércio externo é vital para o crescimento económico. Se, por um lado, as importações nos permitem

aceder a tudo quanto é inovação, tecnologia, maquinaria, bem como a ativos menos tangíveis como as

“melhores práticas” empresariais ou de fabrico, as exportações, por seu lado, permitem-nos ampliar mercados

e alcançar sectores e áreas de mercado talvez inexistentes no nosso país ou região.

Torna-se assim por demais evidente que ambos os blocos têm interesses partilhados e importa que fique

claro o quão importante é cada um dos blocos, enquanto parceiro, quer do ponto de vista político quer do

ponto de vista comercial.

No que diz respeito à importância da América Latina para a Europa, destaco as principais prioridades

políticas definidas, neste domínio, pela União Europeia já em 2010:

– Aprofundar o diálogo político nos planos bilaterais, regional e multilateral;

– Promover investimentos e comercio mutuamente vantajosos;

– Promover relações bilaterais mais próximas com cada um dos países latino-americanos e ao mesmo

tempo apoiar a integração regional;

– Reforçar o diálogo em matérias de macroeconomia e finanças, meio ambiente, energia, ciência e

investigação, com vista a intensificar a cooperação nestes domínios;

– Apoiar os esforços da região para reduzir a pobreza e desigualdade e com vista ao desenvolvimento

sustentável de acordo com a Agenda para a Mudança da UE;

– Adotar programas de cooperação que abranjam áreas inovadoras que não são exploradas pelas

abordagens tradicionais de cooperação para o desenvolvimento;

– Envolver a sociedade civil na Parceria Estratégica através da Fundação European Union-Latin America

and Caribbean Foundation (EU-LAC).

Concomitantemente, também as estatísticas disponíveis nos dizem o quão relevantes são as relações

entre regiões, desde logo pelo facto da União Europeia ser o segundo maior parceiro comercial da América

Latina.

A importância do comércio entre as regiões mede-se pelo facto do comércio de mercadorias ter duplicado

na última década –até 202€ bilhões (representando este 6,3% do total do comercio da EU e 13% do comercio

da América Latina).

A União Europeia no seu todo continua a ser o principal investidor estrangeiro na região - incluindo nas

Caraíbas - com um total de 385€ bilhões de Investimento Direto Estrangeiro em 2010. Este valor representa

43% do total investido nesta zona do globo.

E para que se possa ter uma noção da dimensão e da importância desta relação veja-se que o

Investimento Direto Estrangeiro na América Latina e Caraíbas é superior ao investido pela União na Rússia,

China e Índia em conjunto.

Estes primeiros dados suportam os parágrafos com que iniciei: as relações comerciais entre países e entre

blocos são essenciais ao desenvolvimento económico de cada um.

É através da relação bidirecional dos mercados que todos se desenvolvem tanto em termos económicos

como sociais.

Importa também recordar as contínuas relações institucionais que a Europa e a América Latina e Caribe

têm desenvolvido.

Tomando como exemplo as cimeiras da União Europeia nos últimos 15 anos conseguimos perceber os

esforços que têm sido realizados e que tão bons frutos têm produzido, senão vejamos: