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II SÉRIE-D — NÚMERO 24

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O Senhor Romanovich afirmou que deve ser realçado o trabalho dos Deputados portugueses numa altura

difícil das relações com a UE. No entanto há uma diminuição do volume do comércio bilateral (cerca de menos

40%) e o número de turistas russos em Portugal também diminuiu em 2014. Já as relações culturais

registaram um aumento com a organização de várias iniciativas em Lisboa, com destaque para o Festival

Maratona (junho 2014) que procurou demonstrar a unidade cultural e o diálogo de civilizações na Europa.

Deve ainda ser destacada, como resultado positivo do trabalho dos Deputados russos e portugueses, a

abertura do Consulado Honorário de Portugal em São Petersburgo.

O Deputado Couto dos Santos referiu que esta era uma visita eminentemente política. Realçou três

aspetos que considerou fundamentais: Portugal, embora sendo membro de um conjunto de organizações

internacionais com as quais existem compromissos, não deixa de ser soberano e autónomo; Portugal, nas

suas relações com a Rússia, sempre considerou este país como integrante da Europa (o desenvolvimento

político e económico da Europa deve incluir a Rússia); Portugal faz parte dos países que tudo fará para que se

encontrem soluções satisfatórias. Isso traduziu-se, em plena crise de relações UE-Rússia, com a criação do

Consulado Honorário em São Petersburgo.

Referiu ainda a cooperação existente entre a Universidade de Aveiro (UA) e a Universidade de São

Petersburgo: há um trabalho conjunto na área da ciência/tecnologia e na língua (espera-se que o russo seja

ensinado brevemente na UA); o Festival Maratona de 2014 e o envolvimento das escolas do norte de Portugal

neste processo. Na área da cultura, a Casa da Música do Porto vai dedicar o ano de 2016 à Rússia.

Este trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na área da cooperação parlamentar tem tido êxito na

cultura, na educação, no ensino da língua mas ainda não existem resultados positivos na área económica.

Este é o próximo desafio, tendo sido proposto um encontro anual que envolva personalidades dos dois países

em várias áreas.

A Senhora Kuzmitcheva mencionou que existe um potencial para mais cooperação entre os dois países na

área da cultura. Informou ainda que a Rússia está a reformular a sua legislação nesta área.

O Senhor Zapolev afirmou que a situação internacional é bastante tensa e o risco de conflito é elevado. A

posição portuguesa sobre a atual situação internacional demonstra bom senso, devendo ser encontradas

soluções no diálogo. Existe uma contradição entre os princípios da integridade territorial e da

autodeterminação dos povos, mas para solucionar esta questão devemos olhar para os documentos básicos

da ONU.

O Vice-Presidente António Filipe salientou a importância que a AR atribui ao estreitamento de relações

entre os dois Parlamentos. A Rússia é um grande parceiro europeu, com o qual Portugal deve manter boas

relações a todos os níveis. É nosso dever enquanto parlamentares envidar todos os esforços para

salvaguardar a paz na Europa.

O Deputado Marcos Perestrello afirmou que não poderemos aprofundar as relações políticas, económicas

e culturais se não conseguirmos ter um clima de paz e segurança. Parecem existir problemas entre Estados e

organizações internacionais que não respeitam o "espaço vital" de cada um; persistem grandes dificuldades