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II SÉRIE-D — NÚMERO 8

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de uma Europa social (T. Moumoulidis, do Parlamento helénico); e solidária (J. Madison, do Parlamento estónio);

a perda de charme da UE e, citando Stigliz, o facto de não se poder sacrificar a Europa na cruzada do euro

(Senadora romena G. Cretu).

Os Deputados do PE (MEP) expressaram igualmente as suas ideias, como a rejeição da ideia da Europa a

várias velocidades (MEP C. Tapardel); a dificuldade em orçamentar as políticas da UE e a concorrência de

novos mercados, como a China; como promover justiça fiscal, face à existência de sistemas fiscais como os da

Irlanda e do Luxemburgo (MEP Jo Leinen); a necessidade de se trabalhar em conjunto para os jovens e

conseguir a sua mobilização; a falta de identificação de soluções para os problemas do Brexit; e a necessidade

de continuar o diálogo entre todos, nomeadamente entre o PE e os Pn (Mairead McGuinness).

III- O futuro da Defesa Europeia e como enfrentar a globalização

A terceira parte da reunião consistiu no debate sobre o futuro da defesa europeia e como controlar a

globalização (dois dos temas objeto dos documentos de reflexão que acompanham o Livro Branco sobre o futuro

da Europa, da Comissão Europeia). Os vários intervenientes abordaram, ora apenas um dos temas, ora os dois.

Por uma questão de clareza do relatório, foram agrupadas separadamente as ideias sobre cada uma destas

vertentes do futuro da UE.

Em relação à questão da defesa foi sublinhado de como a atual fase seria propícia ao aprofundamento da

defesa e segurança na Europa, sobretudo face à ameaça terrorista, devendo a integração ser feita através da

harmonização e colaboração de informação (Senador irlandês G. Craughwell), ideia reiterado pelo Deputado

polaco P. Apel e pela Deputada francesa, L. Tanguy, que manifestou ainda o seu apoio à ideia de um fundo de

defesa, bem como a uma estratégia comum de defesa, conforme preconizado pelo Presidente Macron. A. Votsis,

do Parlamento cipriota, reiterou a necessidade de desenvolver a segurança e defesa, sendo necessário mais

investimento nestas áreas ao nível da UE, sendo igualmente de explorar os termos de cooperação com a NATO.

M. Savola, do Parlamento finlandês, expressou a sua concordância com o fundo de defesa europeu, o que seria

um sinal político, nomeadamente para a indústria de defesa. J.Madison, do Parlamento estónio, referiu que

segurança interna e externa não poderiam ser separados.

A ideia de uma cooperação com a NATO foi defendida por vários oradores. Alguns, como o MEP Jo Leinen,

defenderam que a NATO não era suficiente, uma vez que não dava resposta a situações de prevenção de crises

e conflitos (dando o do Mali como exemplo) e, por outro, que os EUA tinham outros interesses para além da

Europa. Já o MEP Ramón Jáuregui Atondo salientou a janela de oportunidade para a Europa da defesa,

acrescentando, no entanto, que teriam de ser encontradas fontes de financiamento para sustentar uma

verdadeira indústria de defesa comum. O MEP M. Brescu referiu que os cidadãos querem controlo democrático

de segurança e defesa, o que é assegurado pelos Parlamentos nacionais.

No que concerne à questão de como enfrentar a globalização, não podendo ser adotadas medidas

protecionistas, atendendo aos seus efeitos bilaterais, foi avançada a ideia da Europa apoiar programas de

educação nos novos mercados emergentes, tornando essas sociedades mais justas, uma vez que uma

população mais educada tem maiores expetativas e exigências, nomeadamente no que concerne ao nível dos

salários e aos direitos sociais, aproximando os custos salariais dos praticados na UE (Senador irlandês G.

Craughwell). A MEP M. Macguiness, referindo-se aos EUA, sublinhou que estes ainda não se habituaram a olhar

para a UE como um todo. Acrescentou, ainda, que a globalização aterrorizava as pessoas, mas que os acordos

comerciais bilaterais teriam de continuar, sendo ainda necessário introduzir conceitos de comércio justo. O MEP

Jo Leinen concordou em combater o comércio injusto e sublinhou a necessidade de trabalho em conjunto, uma

vez que os nossos concorrentes duplicam a população, enquanto a Europa envelhece.

Participaram os nesta fase do debate os dois representantes da delegação da AR que, em síntese,

exprimiram as seguintes opiniões: