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II SÉRIE-D — NÚMERO 2

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Referiu ainda que forte desconexão entre o discurso político e a realidade económica condiciona a adoção

de políticas direcionadas a assegurar que o crescimento económico dos últimos anos beneficie todos, ofuscando

o impacto deste crescimento no segmento mais desprotegido da população, traduzindo-se numa ampliação da

iniquidade de rendimentos e aumento dos custos de serviços básicos na saúde, educação e pensões.

Informou que o PIB cresce a um ritmo médio de 3%, fortemente alavancado no aumento do consumo interno,

e que a produção industrial apresenta resultados igualmente robustos, com um crescimento médio situado

também nos 3%. Mais disse que na base desta expansão industrial está a extração de hidrocarbonetos, tendo

a produção de petróleo duplicado desde 2008. Sobre o preço do petróleo, informou que a extração das mais

recentes reservas, identificadas no Texas, é viável a partir dos 50$US por barril, pelo que considera não ser

provável que o preço do petróleo aumente de forma significativa no futuro próximo. Referiu ainda que as

exportações têm aumentando a ritmo consistente desde 2010 e que este aumento é transversal à generalidade

dos setores produtivos, sendo a tendência, no curto prazo, de contínua melhoria, uma vez que a economia global

também apresenta um crescimento saudável.

No que se refere à recente decisão da administração Trump em introduzir tarifas sobre a importação de aço

e alumínio, informou que o pico na importação destes produtos ocorreu em 2014, num período em que um terço

do consumo interno era suportado por via da importação, considerando que a indústria de aço e alumínio nos

EUA está perfeitamente saudável. Mais disse que a redução de empregos neste setor, que substancia a

narrativa apresentada pela Casa Branca para a imposição de tarifas, é fruto do desenvolvimento tecnológico e

não da perda de competitividade, frisando que a indústria de extração de metais, no seu todo, emprega menos

de 100.000 pessoas, razão pela qual a aplicação de tarifas terá um impacto negligente na criação de emprego.

Continuou esclarecendo que a aplicação de tarifas à importação de bens primários como aço e alumínio tem

impacto no mercado interno, levando ao aumento dos preços de produtos derivados e consequente perda de

competitividade, além de abrir portas a uma guerra comercial. Contudo e no que se refere à República Popular

da China, referiu que compreende o recurso a medidas protecionistas, uma vez que o défice comercial entre os

EUA e a China tem-se agravado substancialmente desde do início do século e que a exigências apresentadas

pela Casa Branca, como o acesso igual aos mercados e o fim da subsidiação de alguns setores da economia

por parte de Pequim, são razoáveis e necessárias. Nesta sequência informou que 0.75% do PIB dos EUA é

exportado para a RPC enquanto 4% do PIB da RPC é exportado para os EUA. Concluiu, referindo que enquanto

estas medidas protecionistas estiverem limitadas à China, considera que os EUA detêm a robustez necessária

para sobreviver ao impacto de uma guerra comercial, mas se o tema alastrar-se à economia global, será difícil

evitar uma recessão mundial.

Cryptocurrency: Currency of the future or just a fad

Quarta-feira | 31 de julho | 14:00

Este painel, moderado pelo Senador Brian J. Feldman do Estado do Maryland, iniciou-se com as alocuções

dos Srs. Peter Van Valkenburgh, CEO da empresa CoinCenter, Michael Pieciak, diretor no Department of

Financial Regulation do Estado do Vermont, Andrew Beal, da Ernst & Young e da Sr.ª Lucinda Fazio, do

Department of Financial Institutions do Estado de Washington.

O Sr. Peter Van Valkenburgh começou a sua intervenção, diferenciando entre instrumentos ao portador,

como notas _onde o valor é intrínseco ao objeto, independentemente de quem o detenha_ e instrumento

registado, como títulos do tesouro, onde existe um registo central que associa o instrumento a um titular. Se no

primeiro caso quem detém fisicamente o instrumento ao portador é devido o valor do mesmo, nos instrumentos

registados, o valor é devido a quem está como titular, ou seja, não é relevante quem detém fisicamente o

instrumento. Continuou referindo que tem ocorrido uma transição de um mundo dominado por instrumentos ao

portador para instrumentos registados. Este processo de desmaterialização aplicado à moeda teve início no

século XX e que esta contínua transformação de papel em data é um marco da era digital em que nos

encontramos. Mais disse que esta tendência é contrariada pelas cripto moedas, que reinventam o conceito de

instrumentos ao portador, eliminando as ineficiências associadas ao papel dado serem, na prática, um