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II SÉRIE-D — NÚMERO 11

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individualmente como Estados e coletivamente a UE, dando como exemplos a eclosão do corona vírus, as imigrações ilegais na fronteira greco-turca, as alterações climáticas, o combate ao terrorismo, a não proliferação de armas nucleares. Assinalou que foi com base nestes desafios que, sob o lema «Uma Europa forte num mundo de desafios», a Presidência Croata definiu as suas 4 prioridades, estando as 2 últimas «Uma Europa que protege» e «Uma Europa influente» intrinsecamente ligadas.

Sendo a segunda maior economia do mundo e o principal fornecedor de ajuda para o desenvolvimento e de ajuda humanitária, referiu que a UE precisa de ser mais visível e mais ativa na cena mundial, não só no que diz respeito à sua vizinhança, como também através do reforço das suas políticas. Assinalou que a política externa e de segurança comum (PESC) permite o fortalecimento da influência da UE nos fóruns internacionais, como a ONU. Por outro lado, a credibilidade da UE como ator global é testada pela influência que desempenha junto da sua vizinhança, designadamente no sudeste europeu, também conhecido como Balcãs Ocidentais, bem como na aposta de uma política de alargamento como um investimento na segurança, estabilidade e prosperidade desses países vizinhos e da própria UE. Assim sendo, realçou a importância da abertura do processo negocial de adesão da República da Macedónia do Norte e da República da Albânia, da necessidade de manter esforços para auxiliar a perspetiva europeia da Bósnia-Herzegovina e do Kosovo, a ainda da necessidade de dar novo ímpeto ao processo de negociação do Montenegro e da Sérvia.

No que diz respeito à relação desafiante e complexa da UE com a Turquia, recordou que se trata de um país candidato e de um parceiro essencial no âmbito da NATO, com um papel geoestratégico essencial, assim como as relações com a Parceria Oriental pós 2020, a procura de uma solução abrangente para a situação na Ucrânia e a manutenção de um diálogo estruturado com a Rússia, são matérias de interesse e preocupação comuns. Como país mediterrânico, referiu que a República da Croácia dá especial ênfase ao que se passa na região do Sul, seja em relação ao processo de paz no Médio Oriente ou em relação à situação na Líbia, Síria, Iraque ou Irão, seja quanto à relevância de uma Estratégia UE – África abrangente, baseada em interesses mútuos.

Além disso, afirmou que a implementação da Estratégia das Nações Unidas 2030 e o combate às alterações climáticas, a manutenção de um financiamento eficiente e consistente na ação externa, a parceria transatlântica, a expansão do diálogo político e económico com parceiros estratégicos na Ásia, nomeadamente com a China, a Índia, a Coreia e o Japão e a implementação de uma nova estratégia europeia para a Ásia Central, baseada na conectividade, assim como o fortalecimento da parceria estratégica com a América Latina, no âmbito comercial, constituem elementos essenciais para a segurança e prosperidade da UE, com um papel influente no mundo.

Concluindo que, no âmbito da matéria de segurança e defesa, a Presidência Croata realça as iniciativas europeias de segurança e defesa, como a Cooperação Estruturada Permanente (CEP), a Análise Anual Coordenada em matéria de defesa (CARD), a mobilidade militar, o Fundo Europeu de Defesa (FED), todos complementares à NATO; o fortalecimento da cooperação UE – NATO, designadamente nos Balcãs Ocidentais; o reforço da indústria de defesa europeia; e o reforço da vertente civil da política comum de segurança e defesa.

Após a sua intervenção, foi exibido um vídeo promocional sobre a República da Croácia. O período de debate centrou-se em questões relacionadas com a situação que se vive na fronteira greco-

turca e a posição adotada pela Turquia face à crise migratória, bem como a posição da UE no que diz respeito à sua política de imigração e de asilo (Sven Koopmans, Países Baixos; Andreas Loverdos, Grécia; Ana Maria Gómez, Espanha), à sua política de alargamento e a nova metodologia adotada, designadamente no que diz respeito aos Balcãs Ocidentais, com destaque para os casos da República da Albânia e da República da Macedónia do Norte (Zsolt Németh, Hungria; Domagoj Hadjukovic, Croacia; Bastiaan Van Apeldoorn, Países Baixos). Foi reafirmada a ideia da necessidade do reforço da PESC e PCSD para fazer face a situações como as que ocorrem na Síria e na Líbia (Laura Garavini, Itália; Michael Gahler, PE), tendo ainda sido abordada a relação da UE com a Rússia e com a China (Joel Guerriau, França; Hans Wallmark, Suécia).

Grlić Radman Gordan respondeu que, no que concerne à crise na fronteira greco-turca, é fundamental perceber exatamente o que está a acontecer, para se poder atuar de forma concertada, nomeadamente através de uma estratégia comum de combate à imigração ilegal e demonstrando solidariedade para com os países diretamente afetados, como a Grécia e a Bulgária. Quanto à política de alargamento, defendeu a sua implementação efetiva, com a abertura dos respetivos processos de negociação com a República da Albânia e