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milhões de euros em gás e petróleo da Rússia um valor 10% superior ao que a Rússia gasta

em defesa, o que significa que a UE acaba por financiar esta invasão. Recordou que o Next

Generation EU e o Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR) constituem o maior

pacote de investimento de sempre, em resposta à pandemia, às alterações climáticas, e aos

desafios da era digital. Por fim, explicou a importância de resultarem da Conferência sobre o

Futuro da Europa projetos concretos, assegurando decisões democráticas legítimas, e aludiu

à necessidade de novos recursos próprios, centrando as ações nos investimentos mais

urgentes.

Ivan STEFANEC, Presidente da SME Europe (Small and medium sized enterprises Europe)

informou que nos 2 últimos anos a situação económica europeia foi a mais preocupante desde

a segunda guerra, originando sérias dificuldades financeiras para as PME. Assim, considerou

fundamental facilitar o acesso das PME ao financiamento, eliminando o excesso de burocracia

e de encargos administrativos. Mencionou o impacto das PME nos negócios europeus, na

empregabilidade na União Europeia e no PIB europeu, e reforçou a importância dos PRR se

focarem na transição digital e climática. Neste contexto referiu-se perspetivas de crescimento

do setor digital na atividade económica global, defendendo a aposta nas competências digitais

e a criação de um mercado único digital na UE. Aludiu também à recente adoção do ato dos

serviços digitais e do ato dos mercados digitais, considerando-os cruciais para a

uniformização de regras na Europa e para o estabelecimento de um modelo global. Deu ainda

nota do plano de, até 2030, se melhorarem as competências e infraestruturas digitais das

PME, para que 90% destas empresas consigam alcançar até essa data um nível básico de

competências digitais. Em relação à transição climática referiu a dependência energética da

UE, destacando a proposta apresentada ao PE de aumentar, até 2030, para 45% (em relação

aos 40% delineados) a presença de energias renováveis, bem como o reforço da cooperação

da UE para a aquisição e armazenamento de energia. Terminou declarando que a integração

europeia trouxe estabilidade e paz à Europa e que se deve continuar a desenvolver este

projeto.

Daniel GROS, Membro do Conselho CEPS (Center for European Policy Studies)aludiu à

coragem do povo ucraniano, relembrando que a paz e a segurança dependem de um trabalho

árduo e continuo, e de escolhas difíceis. Considerou que as sanções económicas aplicadas à

Rússia não teriam um impacto negativo muito acentuado na UE, uma vez que as exportações

para a Rússia representavam apenas 5% das exportações totais, além disso a alteração do

PIB europeu seria contrabalançada pelo aumento do orçamento militar de uma das maiores

economias da UE — a Alemanha. Em relação ao aumento dos preços da energia defendeu

que uma das soluções seria promover o mecanismo do preço bem como a imediata

independência europeia do gás russo, tendo referido, também, a pertinência em encontrar

alternativas para diminuir o consumo de energia. Deste modo, afirmou ser importante

incentivar os cidadãos a poupar energia — adotando medidas para apoiar os grupos mais

vulneráveis — e a optarem por alternativas mais sustentáveis. Destacou a relevância

crescente da transição verde e digital, considerando que o reforço do setor digital iria contribuir

para fortalecer a economia e a segurança europeia. Concordou com a necessidade de se

limitar o excesso de burocracia, e lembrou a importância de se implementarem reformas

estruturais, tal como previstas nos PRR, para robustecer a economia e trazer crescimento.

Terminou defendendo que a prioridade era investir no fortalecimento da defesa, mas depois

dever-se-ia reduzir a dívida, limitando as despesas ao mínimo de forma a reagir, no futuro, a

outras crises.

26 DE ABRIL DE 2022 _____________________________________________________________________________________________________________

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