O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Anexo 6 – Intervenção do Deputado António Monteirinho (PS)

“Distintas convidadas e distintos convidados,

Caras e caros colegas,

É uma honra poder participar neste evento que marca o início deste importante órgão da

Assembleia Parlamentar do Mediterrâneo.

De acordo com a Agência das Nações Unidas para os Refugiados, em maio de 2022,

existiam mais de 100 milhões de pessoas deslocadas à força em todo o mundo. O que representa

mais de 1% da população mundial, ou seja, o equivalente ao 14º país mais populoso do planeta.

As mulheres refugiadas, saem do seu país para fugir da perseguição política, da fome e da

guerra. Procuram proteção noutros países para escapar da violência doméstica, de casamentos

forçados, de crimes contra a sua dignidade, honra e corpo.

Nos seus países de origem, antes dos conflitos e as crises terem forçado as mulheres a

fugir, muitas delas eram engenheiras, professoras, médicas, cientistas, escritoras e muitas outras

coisas, mas principalmente eram mulheres e raparigas cheias de sonhos.

Nos campos de refugiados, na sua maioria com condições precárias, as mulheres e

raparigas são apenas números, representando metade dos 65,6 milhões de pessoas deslocadas

em todo o mundo.

De acordo com as Nações Unidas, os relatos de violência baseada no género são comuns

nos campos para refugiados. Mulheres solteiras/não casadas, jovens raparigas ou adolescentes, e

mulheres refugiadas recém-chegadas (que têm frequentemente habitações menos seguras e

menos redes sociais) estão particularmente expostas ao risco de violência.

Não se pode perder direito a viver com saúde, dignidade e livre de violência quando já se

perdeu quase tudo. É por isso que é muito importante dar poder às mulheres.

Ao dar dignidade e condições aos campos de refugiados, dotados de serviços essenciais e

segurança, permitimos ao género feminino expressar a sua opinião, fazer a diferença, mudar não

só o campo, mas também as suas próprias vidas.

Vamos todos olhar para os campos de refugiados como campos de acolhimento e

integração, onde as pessoas possam realmente sentir-se acolhidas, seguras para iniciarem uma

nova vida.

Acabo estas breves palavras com uma frase de Carly Fiorina: “Se alguém se considera

limitado pelo seu género, raça ou origem, ficará ainda mais limitado”

Obrigado a todos pela atenção.”

30 DE AGOSTO DE 2022 _______________________________________________________________________________________________________________

59