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•A desaceleração económica causada pela COVID-19 teve implicações substanciais para a

igualdade de género

•Adicionalmente aos elevados riscos de perda de emprego e de rendimentos, as mulheres

enfrentaram ainda, riscos acrescidos de falta de cuidados e no acesso aos serviços de

saúde dedicados à mulher e maternos, de violência, de exploração, de abuso ou assédio

em tempos de crise e quarentena;

• Também se verificou uma maior taxa de abandono escolar das raparigas em relação aos

rapazes, pois, com a perda de rendimentos, com o confinamento e com o aumento de

trabalho doméstico, foi dada prioridade à escolaridade dos filhos do género masculino em

detrimento do género feminino;

•A nível mundial, mais de 11 milhões de raparigas podem nunca mais voltar à escola

depois da pandemia. Mais 10 milhões de raparigas estão em risco de uniões prematuras

durante a próxima década. E, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a

População, poderão ocorrer mais dois milhões de casos de mutilação genital feminina;

•O mundo ainda está longe de cumprir as suas promessas de garantir a justiça de género:

o salário desigual por trabalho de igual valor, evidenciando uma diferença média de 16%

entre homens e mulheres durante os últimos 30 anos; esta diferença pode ameaça

acentuar-se neste período pós-Covid-19.

•Os estereótipos profundamente enraizados, realçaram os problemas que precisam de ser

resolvidos, tais como a parte desigual do trabalho e responsabilidades não remuneradas,

especialmente aquelas referentes ao trabalho doméstico. De acordo com o relatório da

Plataforma de Ação de Pequim 2020, as diferenças de género relativamente ao trabalho

não remunerado de prestação de cuidados eram notórias a nível mundial, até entre os

países que se consideram desenvolvidos. As mulheres continuam a assumir a maior parte

do trabalho doméstico, quer estejam empregadas ou não. Este ciclo vicioso tem de ser

quebrado!

•As respostas políticas à crise devem incorporar uma perspetiva de género e ter em conta

as necessidades, responsabilidades e perspetivas exclusivas das mulheres; devem

considerar a adoção de medidas de emergência para ajudar os pais a gerir o trabalho e as

responsabilidades de cuidados, reforçando e alargando as medidas de apoio ao

rendimento, expandindo o apoio às pequenas empresas e aos trabalhadores

independentes, e melhorando as medidas para ajudar as mulheres vítimas de violência;

•Não podemos deixar que uma geração de raparigas suporte o custo desta pandemia para

o resto das suas vidas.

30 DE AGOSTO DE 2022 _______________________________________________________________________________________________________________

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