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Anexo 7 – Intervenção da Deputada Emília Cerqueira (PSD)

Proposta de Speaking notes

•É hoje claro que a COVID-19 não é só uma questão de emergência sanitária global, mas

também conduziu uma grande recessão económica a nível mundial;

•De acordo com dados da Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Económica

(OCDE), as mulheres foram quem liderou a resposta sanitária: 70% da mão-de-obra que

esteve na linha da frente era do género feminino; estiveram expostas a maiores riscos de

infeção pelo coronavírus, enquanto estiveram e estão sub-representadas na liderança e

nos processos de tomada de decisões no sector da saúde;

•Quando há crise, as mulheres são as que mais sofrem e as que mais perdem os seus

postos de trabalho.

•A pandemia da COVID-19 representou o maior desafio para a igualdade de género dos

últimos cinco anos. Como resultado das medidas para conter os efeitos da pandemia, as

mulheres pagaram um preço elevado em termos de perda de emprego, aumento da carga

de trabalho e cuidados não remunerados, o que exacerbou uma situação estrutural de

marginalidade, fragilidade e discriminação. A crise pandémica da COVID-19 colocou um

maior ênfase nas desigualdades de género, que cresceram e se tornaram mais visíveis ao

longo do tempo;

•Devido aos seus impactos foram adicionados mais 36 anos ao tempo que levará até que

as mulheres consigam alcançar a igualdade de género. Segundo o relatório anual do

Fórum Económico Mundial estima-se que a igualdade entre os géneros só seja alcançada

daqui a 135 anos;

•As repercussões da crise sanitária foram mais graves para as mulheres, que foram as

mais atingidas pelo desemprego, por exercerem empregos considerados “não essenciais”

como o comércio a retalho, alojamento, turismo ou atividades de cuidados residenciais

•E veio dstacar ainda outras questões já conhecidas sobre o mercado de trabalho

nomeadamente a tão conhecida tripla jornada – cuidados com a casa, trabalho e filhos –

para uma espécie de jornada contínua, sem fim aparente;

•Este conceito de tripla jornada, isto é, a sobrecarga entre o trabalho remunerado, os

afazeres domésticos e os cuidados com os filhos, acabou por evoluir para uma ideia de

jornada contínua, sem intervalos, atingindo todos os momentos do dia. De acordo com um

relatório da OXFAM, de 2021, esta sobrecarga, aliada ao medo de perder o emprego, teve

um grande impacto na saúde mental das mulheres;

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